Essa série sobre um brinquedo assassino acaba de ganhar uma terceira temporada

Matheus Martins

Filmes de terror já são muito bons quando se transformar em uma franquia, mas se tornam ainda melhores quando ganham uma sequência. O espaço dado em capítulos dá a oportunidade dessas histórias assustadoras terem uma expansão em suas mitologias, personagens e estilos de criação.

É o caso de Chucky, série inspirada na saga de filmes do boneco assassino criado por Don Mancini. A produção traz um brinquedo possuído pelo espiríto de Charles Lee Ray, um inescrupulosos assassino em uma forma que pode aparentar inofensiva, mas que é capaz de começar uma verdadeira contagem de corpos por onde passa.

Começando a história em Hackensack, um subúrbio nos Estados Unidos, a série já passou por um cenário diferente, como um orfanato católico, e agora se dirige até a Casa Branca nos Estados Unidos.

A primeira missão de Chucky é se infiltrar em lares “aparentemente” perfeitos e corromper crianças e indivíduos para que eles comecem a desejarem matar também.

Para isso, Chucky reúne uma série de bonecos diferentes da sua linha “Good Guy” (Cara Bacana), com diferentes personalidades e elementos, objetivos, origem e missão. Cada Chucky é mais sádico que o anterior e está começando a se espalhar pelos Estados Unidos, como um vírus.

No cerne desse enredo, se apresenta o jovem Jake Wheeler, um adolescente interessado em artes perturbadoras. Afeiçoado por Chucky, Jake acaba levando o boneco para a sua casa, sem perceber que o plano de Charles era se infiltrar em sua família e convencê-lo a matar pessoas.

Eventualmente, Jake resiste ao plano do boneco e se ali aos jovens Devon e Lexy numa luta contra os planos do diabólico assassino, o que custa a vida de vários familiares do trio, que passa a engatar numa missão de parar o número máximo de Chucky’s de continuarem cometendo crimes.

A série é completamente consciente da bizarrice que apresenta, sem tentar se levar a sério ou apresentar uma trama muito irrealista. As aberturas são um dos elementos mais interessantes, pois conversam com o tema do episódio de uma maneira bem condizente.

É claro que não é uma série perfeita – o clichê da menina popular loira que adora fazer bullying com outros personagens é levado a sério até demais, com direito a arco de redenção e tudo. Apesar disso, dá para notar a paixão com que Mancini traz representatividade em outros núcleos da trama.

Para quem é fã legítimo dos filmes, essa é uma série especialmente feita para quem sempre procurou uma continuação para os enredos inacabados das “peças-soltas” que a franquia se transformou ao longo dos anos. E quando digo especialmente, é porque o protagonismo é a chave principal para a entrega do fan-service que é feita aqui.

Existe uma coisa que a direção de Chucky está fazendo que pode ser um pouco inusitada para quem está acompanhando, e é uma sacada humorística de Don Mancini ao reescalar o ator Devon Sawa em diferentes papéis a cada temporada, onde ele sempre acaba morto de alguma forma. A ideia é fazer uma sátira ao costume de Ryan Murphy de usar a mesma tática com atores em sua série American Horror Story.

Apesar de ser distribuída pela USA Network e na Hulu nos Estados Unidos, Chucky está disponível no Star Plus.

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