A Microsoft pegou muitas pessoas de surpresa nessa sexta-feira (10) ao proibir seus funcionários de usar o ChatGPT de acordo com a CBN.

Visando manter a medida vexatória por “questões de segurança e dados”, a empresa anunciou a regra em um site interno onde explicou que a restrição seria algo temporário.

Porém, com o vazamento e repercussão da notícia, a empresa imediatamente restaurou os acessos.

O motivo pelo qual muitos foram pegos de surpresa é que a Microsoft é uma das empresas que mais engajam e apoiam o uso da ferramenta da OpenAI, além de terem investido mais de US$ 10 bilhões para a empreitada no começo do ano.

Outro fator “esquisito” da medida é o fato de que a empresa tem o Bing, produto semelhante feito do zero pela empresa usando o ChatGPT como modelo.

Enquanto estava proibindo funcionários, a Microsoft teria ainda pedido que os colaboradores tivessem cautela no uso do chat e que a regra também valia para outros serviços externos como o Midjourney, IA gerador de imagens.

Uma suposta nota da empresa dada aos funcionários alertando o uso indevido:

Embora seja verdade que investimos na OpenAI e que o ChatGPT possui salvaguardas integradas para evitar o uso indevido, o site é, no entanto, um serviço externo de terceiros.

Após a repercussão da notícia que foi parar na CNBC, a Microsoft decidiu se pronunciar oficialmente após restaurar o acesso do chatbot. Na explicação, a gigante explicou que a falha foi um erro não-intencional.

Estávamos testando sistemas de controle de endpoints para LLMs e inadvertidamente os ativamos para todos os funcionários. Como dissemos anteriormente, incentivamos funcionários e clientes a usarem serviços como Bing Chat Enterprise e ChatGPT Enterprise, que vêm com maiores níveis de privacidade e segurança.

– Porta-voz da Microsoft à CNBC

Para os funcionários internos, a empresa também mudou sua versão dizendo que na verdade estava bloqueando o software de desing Canva e informou a restauração do ChatGPT na mensagem.