Oppenheimer pode ter sido um grande sucesso para algumas pessoas, mas em alguns lugares, como o Oriente Médio, o filme acabou sendo censuro devido a uma polêmica cena de sexo envolvendo a atriz Florence Pugh.
Pugh, conhecida por interpretar filmes como Midsommar, revelou que Nolan se desculpou com ela pelo (pouco) papel que teve no filme e que deu a chance da atriz recusar, em entrevista ao canal britânico de TV, o MTV UK:
Eu soube que o Chris queria muito que eu soubesse que não era um papel grande e que ele compreenderia caso eu não topasse. E eu disse, ‘não importa, mesmo que eu seja apenas a moça fazendo café no fundo de uma sala, vamos fazer. Lembro dele me pedindo desculpas pelo tamanho do papel. Eu falei, ‘por favor, não peça desculpas’. E aí ele respondeu: ‘Bem, vou mandar o roteiro, apenas leia e decida… Eu compreendo a coisa do tamanho [do papel]’. Lembro que recebi o roteiro e pensei, ‘nem preciso disso, sei que vou fazer’.
No conhecido filme que disputou as salas de cinema com Barbie no mês passado, Florence interpretou Jean Tatlock, uma psiquiatra que se envolve com Oppenheimer de forma intensa ao longo da história.
No entanto, o papel da personagem não é reduzido apenas isso, indo desde afiliações comunistas de ambos até um momento chave e decisivo para o destino do físico.
Além da sequência com nudez, o mais recente filme de Nolan provocou um debate adicional entre grupos de orientação política de direita na Índia. Outra parte da obra, que envolve uma cena de intimidade, gerou controvérsia entre os conservadores.
A situação controversa ocorre quando Tatlock solicita a Oppenheimer que leia um trecho do Bhagavad Gita durante um momento de relação íntima. Nessa cena, enquanto ocorre a intimidade, Oppenheimer recita a frase “Agora eu me tornei a Morte, o destruidor de mundos”, retirada de um dos textos mais sagrados do hinduísmo.
No dia da estreia do filme, Uday Mahurkar, o comissário de informações da Índia, expressou que essa cena foi interpretada como “uma afronta direta às crenças religiosas de mais de um bilhão de hindus tolerantes”, e ele a comparou a “declarar guerra à comunidade hindu”.
Oppenheimer segue em cartaz nos cinemas.