Robert De Niro criticou a Apple e o Gotham Film & Media Institute esta semana depois de alegar que seu discurso no Gotham Awards foi censurado supostamente por um funcionário da Apple poucos minutos antes do início do programa para remover críticas sobre Donald Trump e a indústria do entretenimento.

O ator apareceu no palco na cerimônia na noite de segunda-feira para a apresentação do ícone histórico de Gotham e tributo ao criador de Killers Of The Flower Moon, de Martin Scorsese, filme distribuído pela Apple que se concentra em uma série de assassinatos contra o povo Osage em Oklahoma durante o Década de 1920, depois que o petróleo foi descoberto em terras tribais.

A princípio, De Niro disse que houve um erro no teleprompter, antes de perceber que trechos inteiros de seu discurso haviam sido removidos. Então, em vez disso, De Niro pegou o telefone para ler o discurso original.

O início do meu discurso foi editado, cortado e eu não sabia disso. E eu quero ler, disse De Niro antes de iniciar as seções que faltam no discurso, incluídas abaixo:

“A história não é mais história. A verdade não é verdade. Até os fatos estão a ser substituídos por fatos alternativos e impulsionados por teorias conspiratórias e fealdades. Na Flórida, os jovens estudantes aprendem que os escravos desenvolveram habilidades que podem ser aplicadas em seu benefício pessoal.

Mentir tornou-se apenas mais uma ferramenta no arsenal do charlatão. O antigo presidente mentiu-nos mais de 30.000 vezes durante os seus quatro anos no cargo e está a manter o ritmo na sua atual campanha de vingança. Mas com todas as suas mentiras, ele não consegue esconder a sua alma. Ele ataca os fracos, destrói os dons da natureza e mostra desrespeito.

A indústria do entretenimento não está imune a esta doença purulenta. O duque, John Wayne, disse a famosa frase sobre os nativos americanos : ‘Não acho que erramos ao tirar deles este grande país. Havia um grande número de pessoas que precisavam de novas terras e os índios tentavam egoisticamente mantê-las para si”

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Ao final do discurso, De Niro disse que planejava agradecer à Apple e ao Gotham Film & Media Institute antes de ver o discurso editado no teleprompter. “Mas não tenho vontade de agradecê-los pelo que fizeram”, disse De Niro. “Como eles ousam fazer isso“.

Uma versão editada do discurso foi enviada ao teleprompter poucos minutos antes do início do Gotham Awards, por uma mulher que se identificou como funcionária da Apple, em resposta ao feedback da equipe de filmagem que queria o as observações do ator sejam centradas no filme.

A Variety também relata que a empresa de teleprompter recebeu por e-mail um roteiro de discurso revisado de dois funcionários da Apple naquela noite, e que De Niro não estava ciente das mudanças.

A Variety relata que as acusações de De Niro em relação à censura foram negadas por uma fonte próxima ao filme, que afirma que o incidente foi uma falha de comunicação.

A fonte alega que várias versões do discurso foram criadas e que tanto a Apple quanto os cineastas não sabiam que De Niro não havia aprovado a versão final. Entramos em contato com a Apple e o Gotham Film & Media Institute para esclarecer a situação.

As acusações de censura de De Niro surgem poucas semanas depois de relatos de que o programa de Jon Stewart na Apple TV Plus, The Problem With Jon Stewart , foi encerrado devido a “diferenças criativas” relacionadas a tópicos sobre China e inteligência artificial