Microsoft oferece proteção contra IA e deepfakes para políticos

Handley Venicius

A Microsoft está intensificando seus esforços para combater deepfakes e reforçar a segurança cibernética em meio à crescente preocupação sobre a disseminação de desinformação impulsionada pela inteligência artificial (IA).

Em um comunicado o presidente da Microsoft, Brad Smith, e a vice-presidente corporativa da Microsoft, Teresa Hutson, a empresa anunciou uma série de iniciativas para proteger a integridade eleitoral.

A empresa lançará “Credenciais de Conteúdo como Serviço“, uma ferramenta que utiliza a marca d’água digital desenvolvida pela Coalition for Content Provenance Authenticity’s (C2PA). Essa marca d’água visa identificar o conteúdo gerado por IA, fornecendo informações sobre sua origem, autenticidade e se a IA esteve envolvida na criação.

As Credenciais de Conteúdo como Serviço serão disponibilizadas na primavera do próximo ano, inicialmente para campanhas políticas.

A Microsoft também formou uma equipe dedicada a oferecer orientação sobre segurança cibernética e IA para campanhas políticas, além de criar um “Centro de Comunicações Eleitorais” para governos globais acessarem as equipes de segurança da Microsoft antes das eleições.

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Além disso, a Microsoft endossará uma lei que proíbe o uso de IA em anúncios políticos enganosos, fortalecendo seu compromisso com a proteção contra deepfakes.

A empresa planeja colaborar com organizações, incluindo a Associação Nacional de Diretores Eleitorais Estaduais, Repórteres Sem Fronteiras e a agência de notícias espanhola EFE, para promover sites confiáveis de informações eleitorais no Bing.

Apesar dessas medidas, há preocupações sobre a eficácia das marcas d’água, como as Credenciais de Conteúdo, na prevenção da desinformação. A Microsoft, alinhada com sua iniciativa de transparência, destaca a importância da colaboração entre governos, empresas e sociedade civil para enfrentar os desafios tecnológicos em evolução.

Este movimento da Microsoft segue a tendência de grandes empresas de tecnologia, como a Meta, que agora exige que anunciantes políticos divulguem conteúdo gerado por IA.

A crescente conscientização sobre os perigos potenciais da IA nas eleições levanta questões sobre a regulamentação e transparência necessárias para preservar a integridade democrática em um mundo cada vez mais digital.

Em um ambiente digital onde deepfakes e desinformação representam ameaças significativas, a Microsoft emerge como defensora proativa da integridade eleitoral.

O compromisso com a transparência e a segurança reflete-se na introdução das “Credenciais de Conteúdo como Serviço“, uma resposta inovadora à proliferação de conteúdo gerado por IA. Ao endossar legislação contra o uso enganoso de IA em anúncios políticos, a empresa amplifica sua voz em defesa de eleições justas e livres de manipulação tecnológica.