Também conhecido como “FPS” os jogos de tiro se tornaram um gênero em ascenção no universo gamer. Com uma jogabilidade em primeira pessoa, a imersão do estilo de jogos de tiro permite ao player se sentir dentro do universo do jogo de uma forma direta. Enfrentando inimigos, criando armas, explorando mundos abertos. Tendo a oportunidade de contracenar com os elementos desenvolvidos no game, o jogador nunca se sente cansado.
E com a diversidade distinta presente entre jogos do mesmo segmento, essa preferência parece que nunca vai ter fim; pelo contrário, com o lançamento de tantas histórias e enredos bem elaborados para consoles e softwares, é possível dizer que alguns títulos vão estar longe de serem esquecidos por grande parte dos jogadores nos próximos anos.
Só para se certificar que essa afirmação é verdadeira, nós reunimos uma lista com cinco os melhores e mais aguardados jogos de tiro de 2022! Confira abaixo:
1. Dying Light: Stay Human (4 de fevereiro)
Embora já estreado esse ano, Dying Light 2 foi um dos jogos mais aguardados do início do semestre, dando um pontapé para os jogos de tiro que estream nessa lista em 2022. Desenvolvido pela Techland, o jogo é uma sequência da primeira história contada 20 anos atrás e segue o protagonista Aiden, um sobrevivente do mundo engolido pela catástrofe do vírus zumbi, lutando para permanecer humano (assim como dito no título) em meio a uma Idade das Trevas que se instaurou em todos esses anos de crise.
Diferente do que se espera de um survivor horror, a história do jogo é bem mais do que apenas sobre zumbis causando terror a noite e envolve temas como a própria corrupção humana e os surtos de memória que traumatizam o protagonista nos dias atuais. Aiden está em infectado e por isso é cheio de habilidades que ultrapassam a capacidade humana. O que faz com que ele visite lugares mais perigosos e arriscados que ninguém jamais pensou em explorar como becos e altos de prédios abandonados.
Um grande destaque para esse jogo de tiro é a movimentação, pois graças ao vírus Aiden consegue fazer parkous – os famosos saltos que envolvem pulos de prédios e lugares altos – incríveis que conseguem transportá-lo de forma fácil a diversos lugares da cidade, escalar saliências, subir muros, deslizar e correr pelas paredes enquanto navega para pontos específicos da cidade.
No quesito violência e combate, você tem duas opções de habilidades a serem desenvolvidas conforme sua interação com uma das duas facções da cidade, os Sobreviventes e os Pacificadores. Com os sobreviventes, você aprende como se mover com mais agilidade pelos pontos da cidade auxiliado por cordas e ferramentas que tornam o parkour mais habilidoso; já com os Pacificadores, você ganhará armas e recursos, além de aberturas a portas no subterrâneo. As armas podem ser aprimoradas com modes que as tornam especiais com choque e fogo e aqui tudo pode servir de armamento desde facões, canos e até ossos!
Outro recurso que, se desbloqueado, pode fazer com que Aiden atire com o próprio dedo. Isso mesmo, você não está lendo errado. A desenvolvedora do jogo explicou que o nome da arma especial (Dedo Esquerdo de gloVa) é em homenagem ao designer de ambos os jogos da franquia, Bartosz “Glova” Kulo. E, apesar de parecer bizarra, é uma das armas mais poderosas do game.
2. Shadow Warrior 3 (01 de março)
O título da Flying Wild Hog estreou no dia primeiro essa semana e já possui três pontos de definição: tiro, katana e sangue. Isso porque Shadow Warrior 3, franquia de tiro em primeira pessoa, já teve a oportunidade de ser jogado por alguns players e atualmente possui uma nota amarela no Metacritic. Terceiro de sua franquia, o game segue a linha frenética hack and slash, explodindo em cores, combates sanguinários e – é claro – poderosas armas!
A história do jogo segue a vida do ninja moderno Lo Wang, quem acidentalmente liberou um deus dragão de sua prisão e agora precisa enfrentar os diferentes demônios e inimigos distintos que aparecem a cada instante no mundo. Com uma carga humorística, o jogo contrasta essa característica junto da violência, criando assim uma atmosfera de agitação que nunca deixa o jogador cansado enquanto ele corre, esfaqueia, pula, puxa, esmaga e realiza diversas acrobacias. Ele até realiza saltos e flutua por diversos cantos da cidade usando cordas e escalando àreas que auxiliam no jogo, tal como já demonstrado com o parkour de Dying Light 2.
No confronto, o sangue será protagonista em todas as cenas de ação a cada vez que você balear um inimigo ou esfaqueá-lo num combate corpo a corpo. O game jamais poupa a aplicação desses efeitos, o que na experiência de alguns jogadores chega até ser um problema de poluição visual. A novidade interessante como todo jogo de tiro e estratégia, quando derrotar um chefão, você poderá coletar dentro dele parte do corpo como um olho para criar armas incríveis que eliminam inimigos em tempo recorde. Metralhadoras, granadas, bombas congelantes, clavas feitas de ossos além de furadeiras e espadas largas.
Essas são chamadas as “Gore Weapons” e só podem ser conquistadas se antes de se derrotar o inimigo o player tenha a oportunidade de encher uma barra específica que provocará o golpe final que ativa por fim essa coleta de adição. Os inimigos responderão a cada arma de uma maneira diferente, significando assim que nem sempre uma metralhadora de pente infinito, por exemplo, possa realizar a derrrota que você tanto procura.
Outro elemento que ajuda nos combates são os barris e armas esperando para serem descobertas nos diferentes pontos da tela. Atirar em um ponto específico pode revelar um machado que faz um excelente estrago no rosto do adversário, assim como barris danificam os monstros e limitam a possibilidade de eles se mexerem com agilidade diante da ofensiva.
A seção artística também não fica para trás com gráficos da nova geração que apesar de bagunçar um pouco, enriquecem a experiência visual e torna tudo tão divertido como um filme de ação da Marvel. O jogo já se encontra disponível para PS4, Xbox One e PC.
3. Tiny Tina’s Wonderlands (25 de março)
Tiny Tina’s Wonderlands é um jogo da Gearbox Software e é um daqueles poucos casos onde um spin-off se dá bem como percursor de toda uma saga. A história sobre a feiticeira de 13 anos (agora em sua versão adulta) deixa a história fracassada de Borderlands para trás com uma trama de aventura console com muita ação, classes diferenciadas e um mundo que vive em constante mudança nas mãos da maga Tiny Tina.
Neste novo mundo mágico, os players tomam o papel de Fatemaker, um herói místico que pode criar sua própria versão de “multiclasse” com 6 diferentes tipos para você escolher. Asim que escolhido, o player destruirá monstros, coletará saques e lançar feitiços sob seus inimigos usando tiro e magia tudo em um só. O jogo chama atenção por lembrar bastante um RPG. Não por acaso, ele possui o seu próprio dentro do universo de Tiny Tina, o fictício Bunkers & Badasses que funciona como um jogo de mesa a la Dungeons and Dragons, mas com a diferente alteração de que Tina irá mudar todos os elementos, consequentemente o rumo das batalhas.
No lugar de uma armamentação sempre bem equipada, aqui nesse jogo de fantasia os feitiços substituem as granadas no lugar de um ataque a distância e as armas, apesar de não poderem ser equipadas, são livres para serem encontradas pelo universo do jogo desde revólveres a armas brancas. Como o jogo de tiro é ambientado em um universo fantástico, vai ser comum encontrar também armaduras e armamentos que alteram as estatísticas de golpes e adicionam habilidades incríveis a gama de skills do player. No começo, o jogador começa praticamente “nu” de todas essas especialidades para que possa usufruir do desafio de desbloquear habilidades diferentes ao decorrer do gameplay.
No quesito jogabilidade os chefões do jogo vêm para fazer um grande diferencial mudando sequências de ataque e resposta e sempre se adaptando a um contra-ataque do jogador visando sempre a dificuldade. O jogador tem a opção de ajudar as criaturas goblins a libertarem seus irmãos ao invés de resumi-los a inimigos naturais e ainda pode contar com uma gama de cenários com adversários que surgirão em contros aleatórios. Tiny Tina’s Wonderland é um jogo co-op para até 4 jogadores, disponível para Xbox One, Xbox Series, PS4, PS5 e PC e terá na dublagem o ator e humorista Andy Samberg (Brooklyn 99) e a atriz e comediante Wanda Sykes, o que é compreenssível, visto a carga humorística que o jogo de FPS traz.
4. Splatoon 3 (18 de agosto)
Título da Nintendo, Splatoon 3 é um jogo de tiro em terceira pessoa. Para multijogadores, a franquia é um campo de batalha onde os adversários se enfrentam com disparos de tinta no lugar das famigeradas balas. O primeiro game teve sua estreia no Wii U e tendo sua sequência posteriormente levada para o Switch, onde ganhou mais visibilidade e, claro, uma legião de fãs que foram conquistados pelo estilo multiplayer do jogo de 4 versus 4 em modalidades co-op.
No jogo, acompanhamos os Inklings, criaturas cefalópodes humanoides que já tiveram participação especial em outros jogos do Nintendoverso, em areas mais áridas e secas onde os oponentes se enfrentarão. Para os fãs de shooter o que se tem aqui é um jogo mais de competividade do que tudo, visando a diversão e o humor em primeiro lugar, mas recheado de ação. Para começar, o jogador deve escolher uma àrea no mapa e mergulhar direto no combate. Os armamentos são uma série de arcos e lançadores a canhão.
O jogo é exclusivo para o Switch e até então estava sem data definida. Situação que mudou quando alguns fãs CSI analisaram o trailer mais recente publicado no dia 10 de fevereiro que revelava num canto da tela um código QR e, após a análise do mesmo, a data 18 de agosto foi decodificada. Embora nada sobre uma tentativa de supreender os fãs com o novo jogo tenha sido confirmado pelos criadores, não custa nada ficar de olho na data.
5. Redfall (setembro de 2022)
Redfall é um jogo da Bethesda Softworks de tiro em primeira pessoa e de mundo aberto anunciado para o verão de 2022. Com uma pegada pós-apocalíptica e bem crível, um grupo de sobreviventes urbanos precisam enfrentar um exército de vampiros feitos em laboratórios que dominaram a cidade de nome homônimo, em Massachussets. O trailer inicial liberado do game demonstrou nele muita ação, tecnologia e até magia, além da pegada sobrenatural que os sugadores de sangue irão proporcionar para o enredo da história.
Com armas especializadas e cheias de habilidades, o título é um multiplayer de mundo aberto de co-op com até quatro jogadores. Nele, você terá uma linha de shooters com diversas habilidades distintas, desde armas a poderes especiais. Também, em equipe ou solo, os players vão poder interagir com os diferentes vilões vampirescos que, apesar da grande maioria serem zumbis transformados, alguns deles são poderosos com skills tão perigosas quanto as dos jogadores e prometem dar bastante trabalho durante o gameplay.
O motivo que torna o jogo tão interessante para o público é o envolvimento da Arkane Studios, desenvolvedora de games como o reboot de Prey e a franquia Dishonored, que foram bem avaliados pela crítica especializada, o que abre a porta para diversas surpresas promissoras. Em setembro do ano passado, algumas imagens da gameplay que ainda não saiu vazaram na internet demonstrando menu e jogabilidade looter shooter (onde itens utilizáveis dos inimigos podem cair depois de uma derrota por meio de disparos), além dos campos abertos e espaços urbanos a livre exploração.
Redfall é exclusivo para Xbox e Xbox Series e também para PC.
6. System Shock Remake (2022)
System Shock é um sci-fi de terror no espaço que irá ganhar um remake pela Nightdive Studios no terceiro trimestre de 2022. O jogo é originalizado do clássico de 1994 e dono dos maiores legados de FPS do mundo gamer, tendo inspirado títulos como Prey e Bioshock graças ao seu motor 3D, jogabilidade complexa e simulação de física considerados influentes mesmo para a época. O renascimentdo da história vem com a promessa de ser feita em hardwares mais modernos e uma jogabilidade que acompanha a atual, fato que pode ser interessante tanto para jogadores novos como para os mais experientes.
O enredo do jogo começa com o protagonista despertado de um coma de seis meses dentro de uma nave espacial. Nela, SHODAN, uma IA (inteligência artificial), performa o papel de grande vilã da história com o plano de mirar um laser de mineração na direção da terra afim de destruí-la e se tornar uma espécie de novo deus. Em sua tentativa bem sucedida em poder para-lá, o jogador, que é um hacker, recebe uma resposta imediata da inteligência da nave quando a mesma envia robôs e mutantes perigosos ao seu encontro.
Ainda não há certeza se o jogo irá trabalhar a história original de forma fiel ou adicionar novos temas que conversem com a atualidade, mas um fato já confirmado pela desenvolvedora é de que as armas do jogo foram todas revisadas para melhorar a experiência dos jogadores que irão entrar na imersão de ambientes escuros e ameaçadores. Os fãs do clássico podem esperar por bastante terror e elementos de ficção cientifica contemplando este novo e remasterizado gameplay.
O game estará disponível para PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series e PC ainda sem nenhuma data de previsão.
7. Atomic Heart (setembro a dezembro de 2022)
Atomic Heart é um jogo de mundo aberto de ação do estúdio russo Mundfish, com data oficial ainda a ser anunciada – na verdade, no trailer do jogo, alguns asteríscos aparecem na tela ao lado de #######ber, o que é meio engraçado, porque nenhuma das combinações de meses (september, october, november, december) se encaixam no enigma, confundindo boa parte dos jogadores e aumentando a história em torno do game.
Mas enquanto o mistério não encontra uma revelação, o título faz o que pode para chamar atenção dos fãs de FPS de outras formas. Desde a sua interessante trama passada na Rússia em 1955, onde uma realidade alternativa faz com que a União Soviética ainda exista e robôs existem em massa para ajudar em atividades como agricultura, segurança e tarefas simples de casa até os gráficos e o uso de peso de tecnologia Unreal Egine 5 no Ray Tracing – sistema eletrônico que capta luz e reflexos de uma forma bastante realista.
O avanço tecnológico dentro da realidade do jogo, no entanto, nem sempre traz bons ares para auxiliar a humanidade e isso é comprovado quando o jogador entra no papel do Major Nechaev, um agente da KGB mentalmente instável de codinome P-3 enviado pelo governo para investigar uma fábrica que entrou em completo silêncio há algum tempo.
Como é de se esperar, o motivo da ausência de respostas é o domínio que as máquinas rebeladas exerceram sobre a área distópica, com robôs assassinos e bizarros (aqui a menção vai para o palhaço na capa do trailer que me causou arrepios) que tornam a atmosfera do jogo ainda mais arriscada e creepy do que é de se esperar de um shooter de qualidade.
No armamento, pistolas e metralhadoras auxiliarão ao lado de habilidades mágicas telecinéticas e ofensivas, como um raio poderoso que sai pelas mãos; essa última graças a uma luva com várias outras ações, desde alterar a realidade até o hackeamento de eletrônicos no caminho. O jogador poderá decidir entre dois finais morais não influenciáveis para o fim do game e promete até trazer uma história de humor em meio ao caos – seja lá como isso for mostrado, vai ser interessante de se ver.
Em uma notícia mais recente em fevereiro, o estúdio comentou que serão precisas vinte e quatro horas de jogatina para concluir o game que é recheado de “polímeros, Limbo e Meta-enredo” e cheio de mundos, personagens e inimigos a serem explorados, além de ter a estranheza intecional como pilar do jogo. O jogo estará disponível para PS4, PS5, Xbox, Xbox Series e PC.
8. S. T. A. L. K. E. R. 2: Heart Of Chernobyl (8 de dezembro de 2022)
Finalizando a lista de jogos de tiro mais aguardados desse ano, S. T. A. L. K. E. R. 2: Heart of Chernobyl é um game que mistura horror e terror survivor dentro da famosa área restrita da Ucrânia, Chernobyl. O personagem principal, Skif, um atirador, pisa no lugar completamente infestado por um reator que modificou a fauna e a flora, bem como estranhas criaturas que percorrem os cantos escuros do lugar. O trailer recente mostra objetos flutuantes, portais, uma cidade devastada e abandonada e eventos paranormais dominando tudo enquanto Skif atira pregos contra àreas abandonadas para checar se estão dominadas pela zona e se protege contra as diferentes ameaças que surgem em seu caminho.
Alvo de uma sucessão de adiamentos, o game da franquia S. T. A. L. K. E. R. vem sendo esperado desde 2018, mais de dez anos desde o seu último jogo. O motivo do seu atraso mais conhecido recentemente era a preocupação com os desenvolvedores com detalhes técnicos e melhorias que atinjam às expectativas do público, mas agora, com a situação política atual envolvendo a guerra contra a Rússia em Kiev, capital do país, uma pausa definitiva foi estabelecida na produção até que se alcance um momento de normalidade novamente.
Outro escândalo que trouxe visibilidade ao jogo sem ter qualquer coisa a ver com a sua produção, foi a venda agora suspensa de NFTs (Non Fugible Tolkiens) que seriam vendidos a alguns jogadores previamente. Os investidores poderiam receberiam o material antes de todo mundo e teriam a oportunidade de se transformarem em NPCs que interagiriam com outros jogadores logo no seu lançamento. Mas a forma de venda em que a modalidade foi à venda recebeu bastante critícas que apontavam a similaridade com esquemas de pirâmede, causando assim o seu cancelamento prévio.
Apesar de todas essas polêmicas, o jogo promete uma imersão na exploração de mundo como uma das maioras vistas, além de ser feito com uma tecnologia de ponta da Unreal Engine 5 com o serviço de Ray Tracing.