Desde que chegou aos cinemas em 2022, o quinto filme de Pânico foi o responsável por revitalizar a franquia de Wes Craven para uma nova geração de fãs de slasher com novos protagonistas.
Focado nas irmãs Carpenter, Sam (Melissa Barrera) e Tara (Jenna Ortega), o sexto filme teve um dos maiores recordes de bilheteria para filmes de terror de 2023.
Com a ascenção dos filmes, os fãs aguardavam uma sétima sequência que seguisse o sucesso dos filmes anteriores.
Tudo mudou nesta terça-feira (21) quando foi anunciado que Melissa foi demitida de Pânico VII após demonstrar apoio às vítimas da Palestina na guerra contra Israel. Um dia após o escândalo, a atriz Jenna Ortega também foi anunciada fora do filme, marcando a saída de duas protagonistas da franquia ao mesmo tempo pela primeiravez.
A decisão foi e continua sendo acompanhada por um escândalo em Hollywood envolvendo pessoas pró-Palestina sendo boicotadas nos bastidores.
O que aconteceu?
Antes de mais nada, é preciso dar aos fãs todas as informações para que entendam o contexto da situação.
Há algumas semanas, a atriz Melissa Barrera se mostrou uma forte apoiada da Palestina, não exatamente às atividades do Hamas, mas ao cessar fogo tendo em vista o número de vítimas que a guerra está fazendo.
O apoio consistente da atriz em suas redes sociais levou a Spyglass, empresa responsável por distribuir os filmes de Pânico, a demitir a atriz por assumir uma postura solidária alegando que “não aceitam comentários antissemistas”, embora alguns argumentem que Melissa não foi antissemita em seus pronunciamentos.
Um dia após a notícia, a atriz Jenna Ortega, que também divide o protagonismo da franquia com Barrera, é anunciada fora do próximo filme devido a “conflitos de agenda” com as gravaçõs de Wandinha 2, embora também tenha se pronunciado pró-Palestina.
É rumorizado que Ortega tenha notificado seus agentes a quebrar contrato com a Spyglass após ouvir sobre Melissa ser demitida do filme.
A política atual de Hollywood com atores pró-Palestina
Embora a situação de Barrera e Ortega possa soar surpreendente, para outra face do mundo, as notícias sobre boicotes não tem nada de novo.
Segundo fontes de veículos internacionais, está havendo uma verdadeira caça às bruxas Hollywoodiana para demitir ou rebaixar o cargo de trabalhadores da indústria que estão defendendo a Palestina.
Maha Dakhil, agente da CCA, foi rebaixada de cargo após demonstrar a mesma postura de Barrera.
Segundo a Variety, a decisão aconteceu após Maha ter postado em seu Instagram a seguinte mensagem: “Sabe o que é mais doloroso que um genocídio? Testemunhar a negação de que ele está acontecendo”. O comentário da atriz foi feito devido a postura da maioria de que Israel estava apenas se defendendo dos ataques.
A CCA então seguiu um protocolo adotado por muitas agências de Hollywood, pressionando porr um afastamento de Maha. Porém, no dia 15 de novembro, a agência foi surpreendida pela aparição de Tom Cruise que protestou contra a saída da profissional. Ela foi recontratada no dia seguinte.
Os roteiristas Ava DuVernay e Ta-Nehisi Coates também sofreram com as represálias de Hollywood. Após ambos apoiarem a Palestina, ficaram em maus papéis com a agência também. Ava ainda foi ridicularizada por ter apoiado Dakhil na época em que ela foi rebaixada de cargo.
No mesmo dia em que o caso de Melissa Barrera implodiu, a atriz Susan Sarandon foi largada por sua agência após ela também demonstrar apoio à Palestina.
A CAA também demitiu Saira Rao e Regina Jackson, ambas autoras da agência, pelos mesmos feitos.
Apesar do pronunciamento das agências sobre posturas de seus profissionais, essa “polarização” ocasiona em prejudicar carreiras de quem protesta contra os atos de Israel é taxado, enquanto artistas como Noah Schnapp continuam com seus empregos mesmo depois de postarem vídeos onde referenciam que “sionismo é sexy”. A atriz Gal Gadot também parece ter liberdade o suficiente para postar vídeos sobre Israel sem ter sua carreira prejudicada de alguma forma.
A verdade é que Hollywood adota essa postura imparcial há anos, mas só agora não se preocupa em ser discreta.
Christopher Landon
Após os escândalos, o atual diretor de “Pânico 7”, Christopher Landon, se pronunciou estar de coração partido com a decisão de tirar Melissa do filme.
Pronunciamento da Spyglass
Depois da revolta de fãs, a Spyglasse se pronunciou sobre a decisão radical que vem implementando:
Futuro da franquia
Após todas essas decisões, é dito por um insider que os roteiristas preferem reescrever “Pânico VII” do zero ao manter Barrera ou Ortega nos planos da sequência.
Dito isso, o futuro para uma das maiores franquias slasher da última década fica em risco, visto que muitos dos fãs haviam celebrado as participações de ambas Barrera e Ortega no filme. A estimativa é de que o filme comece com uma péssima campanha antes mesmo de começar suas gravações.
Fãs estão levantando as Hashtags #JUSTICEFORMELISSA para apoiar a injustiça da Spyglass e Melissa ganhou milhares de seguidores nas últimas vinte e quatro horas.
E você? O que deseja para o futuro da franquia Pânico? Vai assistir Pânico VII?