Quais são os universos apresentados em Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo?

Matheus Martins

Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo é um filme de ficção científica, ação e comédia que foi o grande vencedor do Oscar 2023 na categoria de Melhor Filme, além de mais seis premiações que levou na noite do Oscar.

O filme conta a história de Evelyn Wang (Michelle Yeoh), uma imigrante chinesa que se envolve em uma aventura louca, em que só ela pode salvar o mundo explorando outros universos que se conectam com as vidas que ela poderia ter levado.

A trama envolve múltiplos universos e realidades paralelas, criando um enredo complexo e fascinante, muitos deles passado de relance e alguns deles sendo considerados principais. Vamos conferir alguns deles!

Quais são os principais universos mostrados no filme?

No longa premiado da A24, a produção não pegou leve e encheu a mitologia do filme com diversos univrsos, sabendo assim explorar a ideia do multiverso bem melhor do que Doutor Estranho: No Multiverso da Loucura, que apenas chegou a abordar apenas alguns para o enredo do filme de super-herói.

Aqui, Evelyn é tudo: uma cozinheira, uma pedra num planeta sem existência, uma boneca, uma mulher com mãos de salsciha e muito mais.

Os universos mostrados no filme são:

O Alphaverse: o universo original de Evelyn, onde ela tem uma lavanderia à beira do fracasso e um casamento em ruínas.

O Betaverse: um universo onde Evelyn é uma agente secreta que trabalha para uma organização chamada The Everything Agency, que monitora e protege o multiverso.

O Gammaverse: um universo onde Evelyn é uma escritora de ficção científica famosa e bem-sucedida, mas solitária e infeliz.

O Deltaverse: um universo onde Evelyn é uma professora de física quântica na Universidade de Stanford, mas também sofre com a falta de amor e reconhecimento.

O Epsilonverse: um universo onde Evelyn é uma líder espiritual que ensina as pessoas a se conectarem com o todo e a transcenderem suas limitações.

O Etaverse: um universo onde Evelyn é uma atriz famosa que interpreta a si mesma em um filme sobre sua vida no Alphaverse.

O Zetaverse: um universo onde Evelyn é uma assassina profissional contratada para matar sua variante do Betaverse.

O Etaverse: um universo onde Evelyn é uma atriz famosa que interpreta a si mesma em um filme sobre sua vida no Alphaverse.

Esses são os principais universos mostrados no filme, mas há muitos outros que aparecem brevemente ou são mencionados pelos personagens. Por exemplo, há um universo onde Evelyn é uma astronauta, outro onde ela é uma cantora pop, outro onde ela é uma médica e assim por diante. Cada universo representa uma possibilidade diferente para a vida de Evelyn e reflete seus sonhos, medos e desejos.

Existem ainda outros onde Evelyn é uma pirata, uma rainha, uma vampira e assim por diante. Cada universo mostra uma faceta diferente da personalidade de Evelyn e suas potencialidades.

Quem é Jobu Tupaki, a grande vilã do filme?

No filme Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo, o grande perigo é a ameaça de um ser poderoso que pode destruir o multiverso. Para derrotá-lo, Evelyn deve se conectar com as versões do universo paralelo de si mesma já apresentadas para evitar que isso aconteça. Mas existe um plot-twit: a grande vilã interdimensional que ameaça os universos acaba sendo sua própria filha.

Jobu Tupaki (Stephanie Hsu) é a filha niilista e atrevida de Evelyn Wang. Depois de ser pressionada demais por seus pais no Alphaverse, sua mente foi fraturada em todas as realidades do multiverso (possivelmente omniverso), tornando-a um ser oniversal poderoso inclinado a causar caos e depois tentar se destruir com o Everything Bagel.

Ela é uma vilã criativa e espalhafatosa que, constantemente, usa o Everything Bagel, que é a expressão máxima do niilismo de Jobu Tupaki. É um bagel com todas as experiências e emoções. Quando considerado tudo de uma vez, é a representação da falta de esperança e suicídio.

Jobu Tupaki possui habilidades vastas. Por ter sido desvinculada dos pontos de ancoragem do multiverso e do verse-jumping, ela é capaz de acessar as consciências de todas as versões de si mesma em todo o multiverso à vontade. Ela pode dobrar a realidade como quiser e não precisa de nenhuma tecnologia Alpha-Verse para fazer isso.

Verse-jumping é um termo usado no filme “Everything Everywhere All at Once” para descrever a capacidade de viajar entre diferentes realidades ou universos paralelos. É uma habilidade que Jobu Tupaki domina ao ponto de experimentar simultaneamente todas as versões de si mesma de uma só vez

Evelyn também possui a habilidade de verse-jumping. No entanto, quando ela é atacada pelos seguidores de Jobu Tupaki, sua primeira tentativa de verse-jumping não vai bem. Ela só consegue ver um mundo um passo removido do seu próprio, onde ela nunca descobriu todas as travessuras multiversais e simplesmente continuou com o seu dia como de costume.

“Everything Everywhere All at Once” é um filme único que apresenta universos alternativos como um mundo com dedos de cachorro-quente e um mundo com pedras falantes.

Por que tantos universos? O que Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo quer com isso?

É simples.

A grande lição do filme é que a chave para a felicidade não é lamentar o que não está lá; é ser grato pelo que está lá. Parafraseando o próprio, “mesmo em um mundo onde os seres humanos são amaldiçoados com dedos de cachorro-quente ridículos e moles, ainda há alguma beleza porque as pessoas simplesmente ficam muito boas com os pés”.

Não é apenas um filme sobre vários universos e uma bagunça – aliás, não há bagunça alguma para as pessoas que assistem prestando atenção. É sobre existência, crise existencial, ansiedade e que fala de muitas camadas: pressão social, expectativas da realidade, sociedade. É basicamente o que o nome do filme vende: tudo em todo lugar ao mesmo tempo.

Além de ser um dos maiores vencedores do ano do Oscar, Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo realizou um bom feito: o de demonstrar a ideia de multiversos de uma forma que a Marvel apenas podia sonhar em tentar. E ainda de forma filosófica.