Enquanto o charme dos eventos de games é a apresentação de novos jogos, um dos destaques da Gamescom 2019 ficou por conta de quem faz a mídia acontecer: a Sony, que é dona da PlayStation, anunciou a compra da Insomniac Games.

O estúdio de 25 anos agora faz parte da SIE Worldwide Studios e terá como trabalho produzir jogos exclusivos para as plataformas da empresa.

Isso não vai ser muito difícil pra eles, já que boa parte de seus grandes sucessos só rodam em máquinas com o logo PS, incluindo Ratchet & Clank, o primeiro lançamento de Spyro e, rufem os tambores, Marvel’s Spider-Man.

Sony, Disney e Spider-man; o que está acontecendo?

Shawn Layden, o chefão dos estúdios da Sony, não esconde que o principal motivo para a aquisição foi o jogo do cabeça de teia, e temos um número bem grande para justificar isso: desde seu lançamento, o jogo já vendeu mais de 13 milhões de cópias mundialmente.

E, como se trata de um herói amado e um jogo exclusivo, com certeza o título auxiliou a alavancar as vendas de consoles da empresa.

Pelo que o executivo deu a entender numa entrevista ao Hollywood Reporter, a gigante japonesa nem mesmo olhou para outras grandes franquias da Insomniac, como Sunset Overdrive. Todo esse foco em Peter Parker e seu universo faz muito sentido, afinal, além de ser sucesso nos games, o herói também é a principal aposta da Sony nos cinemas.

AND, coincidentemente nesta semana, a empresa nipônica resolveu brigar com a Disney e pode tirar o personagem do Universo Cinematográfico da Marvel, o que possivelmente não tem ligação direta com a aquisição da Insomniac. Ainda.

Homem-Aranha: Expulso de Casa

Quem acompanha o Jornal dos Jogos sabe que gostamos de deixar as notícias de cinema lá pra seção “Extra”, mas esse gancho perfeito criou uma exceção: aparentemente a Sony e a Disney brigaram e o Homem-Aranha pode sair do MCU.

Homem Aranha dos Anos 60:
todos os episódios redublados

Ao que parece, o império do Mickey Mouse queria 50% da grana vinda dos filmes do Spidey para que ele pudesse existir no mesmo universo que os Vingadores.

O preço é bem caro para a Sony, dona dos direitos do personagem e que atualmente ganha, segundo fontes, 95% do dinheiro vindo dos longas estrelados por Tom Holland.

Como tem até gente famosa pedindo para as empresas se acertarem, existe esperança de que ambas se tornem amiguinhas novamente, mas dá para entender o lado da Sony.

Considerando que o pior filme do Homem-Aranha fez cerca de USD 700 milhões em bilheteria, dá pra entender porque a firma quer continuar os lançamentos no modo forever alone.

Afinal, até mesmo o recorde de USD 1 bilhão alcançado por Longe de Casa se tornaria menos do que o arrecadado em Amazing Spider-Man 2, se fosse dividido ao meio com a Disney.

Se as coisas não se acertarem, isso quer dizer que teremos um novo reboot e o Tio Ben vai morrer pela 5441491 vez?

Possivelmente não, visto que o amado Tom Holland e o diretor Jon Watts ainda teriam contratos para cumprir com a Sony.

A tendência, segundo explica o sábio Borbs do Judão, é que a Sony dê ainda mais atenção para os personagens do Spidey e, quem sabe, até traga a galera responsável pelo lindo Aranhaverso para dar uma guinada nessa nova fase.

Se isso realmente acontecer,não podemos dercartar a possibiliade de uma participação importante, vejam só, da Insomniac Games.

O nome “Homem-Aranha” cresceu muito nos últimos 20 anos no cinema, porém, só agora conseguiu emplacar de vez no mundo dos games, e justamente de forma exclusiva em um console da Sony.

Se a empresa japonesa realmente meter o louco no Aranhaverso, é possível que a Insomniac seja “obrigada” a focar todos os seus esforços em Marvel’s Spider-Man 2 e faça um jogo que não apenas venda mais consoles, mas converse com produções do cinema e ajude a reforçar a imagem de independência do aracnídeo.

Já imaginou ver o Mysterio de Jake Gylenhaal em um jogo do Spidey? São possibilidades. Distantes e bem otimistas, mas possibilidades.

Afinal, também não podemos descartar as chances de Tom Holland sair correndo, Jon Watts receber um novo reboot-bomba em suas mãos e acabar descontando em quem sempre paga o pato: o tio Ben.