The Last of Us: Qual é o impacto das açõs de Joel no último episódio?

Matheus Martins

Atenção: Spoilers no texto abaixo para quem não assistiu o final da 1ª Temporada!

O último e nono episódio da 1ª temporada de The Last of Us acabou com um final bombástico e cheio de reviravoltas. Em uma virada dos acontecimentos, Joel (Pedro Pascal) e Ellie (Bella Ramsey) são surpreendidos pelos Vagalumes – facção apresentada desde o primeiro epísódio da série.

Após entender que o plano dos Vagalumes de encontrar a cura tiraria a vida de Ellie, Joel decidiu que mataria todos os integrantes para salvar a vida da jovem imune. Em toda a série, desde que começaram sua viagem pelos Estados Unidos, o personagem acabou criando um laço de conexão com Ellie, vendo-a praticamente como uma filha.

Porém, a decisão de Joel acabou abrindo um divisor de águas para todos que já jogaram o jogo e assistiram a série: afinal de contas, Joel fez ou não fez a coisa certa?

Para quem não sabe, o interesse dos Vagalumes era encontrar a cura para o Cordyceps – vírus que assola o universo da série. A única forma de conseguir ela, no entanto, seria tirando a vida de Ellie, que é imune ao vírus, em uma cirurgia que certamente a mataria.

Após ouvir isso, Joel toma a difícil decisão de matar o grupo ao qual deveria deixar a garota. Essa decisão não impacta só a moral do personagem – que se torna praticamente um assassino -, mas como aquele que impede o mundo de conseguir uma chance (mesmo que incerta) de acabar com todo o mal que assola o mundo.

Tal como nos jogos, essa escolha irá reverberar no seu relacionamento com Ellie, que acabou enganada, e em outros acontecimentos que irão atrapalhar a dupla que se deu tão bem na continuação de suas histórias na série.

Joel e Ellie no último episódio da temporada (Foto: HBO Max)

Craig Mazin, criador da série de The Last of Us, recentemente concedeu uma entrevista ao Screen Rant para discutir a decisão controversa de Joel em priorizar a vida de Ellie em vez de uma possível cura no final da primeira temporada. Embora a escolha tenha sido recebida com opiniões mistas, Mazin enfatizou a importância do amor incondicional na história:

“Incondicional significa literalmente sem condições, sem incluir condições pelas quais você realmente deveria estar fazendo algo que não está dentro dos melhores interesses da pessoa que você ama, pelo menos de acordo com algum tipo de código moral ou padrão de ética. Não estou sugerindo que tenho uma opinião difícil sobre como as coisas vão no final. Não tenho, estou confuso sobre isso moralmente, acho que é uma escolha difícil, vou e volto e acho que muitas pessoas vão para frente e para trás sobre ele.”

“Mas você está certo em pelo menos sugerir que, mesmo que não estivéssemos necessariamente lançando alguma coisa suavemente – esse é um ótimo termo – estamos cientes das coisas”, continuou Mazin.

“Conforme construímos esta temporada em torno da história do primeiro jogo que [o co-criador de The Last of Us] Neil [Druckmann] e [estúdio de desenvolvimento] Naughty Dog não sabiam quando contaram essa história pela primeira vez. Existem certos pequenos momentos e coisas que colocamos lá, mas, em última análise, não acho que haja nada nesta temporada que contradiga o que já estava lá em essência, ou explicitamente, no próprio jogo.”

The Last of Us chegou ao fim com 9 episódios, todos disponíveis no catálogo da HBO Max. A série foi um sucesso aclamado, bateu recordes de audiência e tem uma segunda temporada confirmada pela emissora.

Além de Pedro e Bella, a produção conta com os atores Gabriel Luna, Anna Torv, Merle Dandridge, Storm Reid e Nick Offerman no elenco.

A segunda temporada da série está prevista para final de 2024 ou início de 2025.