A gravidez é um momento de muitas mudanças no corpo da mulher, e com a tecnologia cada vez mais presente em nossas vidas, é comum surgir dúvidas sobre o uso de dispositivos eletrônicos durante esse período. Uma das preocupações que têm surgido é sobre o uso de celulares próximos à barriga durante a gestação, e se isso pode trazer algum risco para a mãe ou para o feto.
Não há evidências conclusivas de que usar o celular próximo à barriga durante a gravidez faça mal à saúde do bebê. No entanto, alguns estudos sugerem que o uso excessivo do celular pode estar associado a alterações de comportamento nas crianças. Portanto, é recomendável usar o celular com moderação e evitar colocá-lo diretamente sobre a barriga.
No entanto, e importante ressaltar que os estudos citados sobre os efeitos da radiação dos celulares na saúde ainda são inconclusivos e controversos.Alguns pesquisadores sugerem que a exposição à radiação de celular durante a gravidez pode prejudicar o desenvolvimento cerebral dos bebês, aumentando as chances de eles apresentarem problemas como hiperatividade, ansiedade e déficit de atenção.
Por isso, é recomendável que as gestantes usem o celular com moderação e evitem colocá-lo diretamente sobre a barriga ou na cintura. Além disso, é importante manter uma distância segura de outros aparelhos que emitem radiação eletromagnética não ionizante, como micro-ondas e laptops.
O estudo foi publicado em uma revista científica renomada e que os pesquisadores seguiram um método rigoroso para testar a sua hipótese. Por outro lado, o mesmo estudo também teve algumas limitações que podem comprometer a sua validade e generalização para os humanos.
Hugh Taylor é um médico especialista em obstetrícia, ginecologia e endocrinologia reprodutiva e professor da Faculdade de Medicina de Yale. Ele foi um dos autores do estudo sobre a radiação de celulares em gestantes e afirmou que essa foi a primeira vez em que um estudo experimental evidenciou que a exposição fetal à radiofrequência dos celulares pode afetar o comportamento deste quando adulto.
Ele também disse que o estudo sugere que as mulheres grávidas devem evitar manter seus celulares próximos ao abdômen ou usar fones de ouvido ou viva-voz para reduzir a exposição à radiação.
A divergência deste estudo veio em 2011 pela Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (IARC) e classificou as ondas emitidas pelos celulares como possivelmente cancerígenas para humanos, no grupo 2B. Isso significa que há evidências limitadas de que a radiação eletromagnética dos celulares pode causar um tipo de câncer no cérebro chamado glioma.
No entanto, esse estudo também reconheceu que há incertezas e inconsistências nos dados disponíveis e que são necessárias mais pesquisas para confirmar ou refutar essa associação. Além disso, outros estudos posteriores não encontraram uma ligação entre o uso de celular e o desenvolvimento de tumores cerebrais.
Principais mitos envolvendo gravidez e uso de celulares
Mesmo com a confirmação da OMS de que o estudo divergente, alguns dos principais mitos envolvendo gravidez e radiação de celulares continuam até hoje. Conheça algus:
- A radiação dos celulares pode prejudicar o desenvolvimento cerebral dos bebês e causar problemas como hiperatividade, ansiedade e TDAH; esse mito se baseia em um estudo experimental feito com ratos que não pode ser extrapolado para humanos sem mais evidências
- A radiação dos celulares pode afetar a fertilidade tanto de homens quanto de mulheres; esse mito se baseia em estudos observacionais que não conseguem estabelecer uma relação causal entre o uso de celular e a qualidade do esperma ou dos óvulos. Além disso, há muitos outros fatores que podem influenciar a fertilidade, como idade, dieta, estresse e hábitos de vida.
- O uso de celular durante a gravidez aumenta o risco de câncer no cérebro do bebê; Esse mito se baseia na classificação da IARC, já desmentido por estudos posteriores