Uma selfie de Jesus Cristo com seus apóstolos. Ou de Napoleão com seus soldados. E uma de Martin Luther King cercado por seus companheiros. Essas imagens jamais foram possíveis porque na época deles não existia essa tecnologia.
Mas em março deste ano, isso mudou, graças ao uso da inteligência artificial (Mindjourney) e a criatividade do artista malaio Jyo John Mulloor, que começou a postar em seu Instagram séries com essas “selfies impossíveis”.
A primeira série de imagens é a mais surpreendente e é a que deve ter feito o conteúdo viralizar em todo mundo. Nela, o artista colocou retratos de Mahatma Gandhi, Martin Luther King Júnior, Madre Teresa, Bob Marley, Albert Einstein, William Shakespeare, Abraham Lincoln, entre outros. O resultado é impressionante. Confira:
Em uma segunda série, publicada dia 20 de março, os retratados são Che Guevara, Marilyn Monroe e Elvis Presley, entre outros. As imagens chamam a atenção pelos detalhes, como a nitidez, a iluminação, o contraste, as linhas bem delineadas e também a ambientação com as outras figuras humanas rodeando as personalidades retratadas.
Mas além disso, impressionam porque mexem com o imaginário ao unir em uma imagem três elementos até então nunca antes integrados: o selfie, marca da nossa época; figuras históricas e populares, como Jesus; e a mais recente coqueluche do mundo, a inteligência artificial.
No dia 21 de março, ele postou mais uma série. Entre as imagens, uma de Karl Marx. E desde então ele vem postando mais e mais imagens criadas com o auxílio da inteligência artificial e o programa de edição de imagens Photoshop.
Há quatro dias, ele foi tema de uma reportagem do The Economist. E tem sido tema de diferentes reportagens em TVs. O trabalho fez com que os números de seu Instagram disparassem. Em janeiro de 2022, ele tinha apenas 455 seguidores. Em março de 2023, ele alcançou a marca de 150 mil seguidores. E aumentando: nesta quinta-feira (30), ele estava com 167 mil seguidores.
Em entrevista ao site Onmanorama, Jyo John Mulloor explicou como teve a ideia do projeto.
“Ano passado, fiz uma série, na qual usei inteligência artificial para imaginar como seria se nevasse nos Emirados Árabes Unidos. Além disso, criei uma imagem de Dubai repleta de vegetação exuberante, como uma cidade marciana e até como ela se pareceria com Pandora, a cidade de ficção científica criada por James Cameron em Avatar. Usei as quatro cores da bandeira dos Emirados Árabes Unidos para desenhar as imagens. Recebeu muitos elogios e apreço do governo de Dubai e do público. Estou por trás da série de selfies nos últimos seis meses”, contou.
De acordo com ele, a ideia dos retratos de figuras históricas surgiu da sua curiosidade. “Sempre me perguntei como seriam iam esses líderes inspiradores se tivessem a chance de tirar uma selfie. Foi também a minha forma de contribuir para a sociedade porque queria lembrar aos jovens de hoje essas figuras históricas do passado”, disse.
Para Mulloor, o projeto das “selfies impossíveis” foi uma forma de contribuir para a sociedade e lembrar aos jovens de hoje figuras históricas do passado. Ele defende o uso da inteligência artificial como uma ferramenta que pode ser usada para criar arte e imagens impressionantes.
O sucesso do projeto nas redes sociais fez com que o número de seguidores de Mulloor no Instagram crescesse exponencialmente. Em janeiro de 2022, ele tinha apenas 455 seguidores. Em março de 2023, ele alcançou a marca de 150 mil seguidores, e esse número continua aumentando.
Mulloor também tem planos para o futuro. Ele pretende continuar criando “selfies impossíveis” e usar a inteligência artificial para entender e imaginar como seria a vida em outros planetas além da Terra. Em seu perfil no Instagram, é possível ver outras imagens impressionantes, algumas retratando eventos históricos que nunca aconteceram e outras com animais ultra-realistas.