Atrizes de Hollywood que tiveram um fim trágico

Matheus Martins

O trágico destino de atrizes de Hollywood é um tema que desperta interesse e curiosidade de muitas pessoas. Algumas delas tiveram vidas marcadas por abusos, violência, drogas, depressão e suicídio. Outras foram vítimas de assassinatos brutais ou doenças fatais. Suas histórias revelam o lado sombrio da fama e da indústria cinematográfica.

Por exemplo, Louise Brooks foi uma atriz que se destacou pelo seu visual ousado e seus papéis eróticos nos anos 1920. Ela foi explorada sexualmente por homens ricos que lhe davam presentes e papéis em troca de favores. Ela também sofreu um aborto forçado aos 15 anos e foi estuprada aos 19. Ela se tornou alcoólatra e morreu pobre e esquecida aos 78 anos.

Outro caso chocante foi o de Sharon Tate, uma atriz que estava grávida de oito meses e meio quando foi brutalmente assassinada por seguidores de Charles Manson, um líder de uma seita criminosa. Ela foi esfaqueada 16 vezes e teve seu sangue usado para escrever a palavra “porco” na porta da casa onde estava com seus amigos.

Esses são apenas alguns exemplos de atrizes que tiveram um fim trágico em Hollywood. Suas mortes causaram comoção e indignação na sociedade e na cultura e hoje são lembradas em vários tipos de mídias.

Verônica Lake

Veronica Lake foi uma atriz americana famosa por seus papéis de mulher fatal em filmes noir com Alan Ladd durante os anos 40. Ela nasceu como Constance Frances Marie Ockelman em 14 de novembro de 1922 no Brooklyn, Nova York. Ela era conhecida por seu penteado peek-a-boo e filmes como Sullivan’s Travels (1941) e I Married a Witch (1942). Sua carreira começou a declinar no final dos anos 40, devido em parte ao seu alcoolismo. 

Veronica Lake morreu aos 50 anos em julho de 1973, de hepatite e lesão renal aguda. Ela sofria de alcoolismo há anos e sua carreira em Hollywood havia acabado. Seu último papel no cinema foi em um filme de terror de baixo orçamento, Flesh Feast (1970). Ela também publicou sua autobiografia, Veronica: The Autobiography of Veronica Lake, em 1970.

 Sua mãe, também chamada Constance, era uma mulher ambiciosa e controladora que casou-se aos 17 anos e repetiu o padrão com sua filha. Lake descreveu sua mãe como uma pessoa que a pressionava para ser uma estrela e que não lhe dava amor ou apoio. Ela disse que sua mãe era “uma mulher fria e sem coração” e que elas nunca se deram bem. Lake também afirmou que sua mãe a diagnosticou com esquizofrenia quando ela era criança, mas que isso era falso e que ela só queria se livrar dela. Lake e sua mãe se distanciaram quando ela se tornou uma atriz famosa e se casou várias vezes. Elas só se reconciliaram brevemente antes da morte de Lake em 1973, vítima de hepatite e insuficiência renal aguda.

Dália Negra

Elizabeth Short foi uma mulher americana que foi assassinada em 1947 em Los Angeles. Seu caso ficou conhecido como Dália Negra (Black Dahlia) depois que um jornalista usou esse apelido em referência a um filme do ano anterior. Seu corpo foi encontrado mutilado e esquartejado em um terreno baldio na cidade. O crime chocou a opinião pública pela brutalidade e nunca foi solucionado. Elizabeth Short era uma aspirante a atriz de 23 anos que vivia na zona sul de Los Angeles. Ela desapareceu entre os dias 9 e 15 de janeiro de 1947 e seu cadáver foi achado em 15 de janeiro por uma mulher que passeava com sua filha. A polícia investigou vários suspeitos, mas nenhum foi preso ou condenado. O caso teve grande cobertura da mídia e inspirou obras de ficção, como romances, filmes e séries de TV.

A polícia investigou o caso com a ajuda do FBI, que identificou o corpo de Elizabeth Short em 56 minutos depois de receber suas impressões digitais por um aparelho de fax. A polícia também recebeu uma carta anônima que supostamente foi enviada pelo assassino, mas não conseguiu encontrar uma correspondência para as digitais na carta. A polícia checou mais de 150 suspeitos, mas nenhum foi preso ou condenado. Alguns dos suspeitos eram estudantes de medicina, militares, maridos traídos e até mesmo um famoso cineasta. A investigação foi prejudicada pela falta de tecnologia forense na época e pela interferência da mídia, que publicava informações falsas ou sensacionalistas sobre o caso. O caso permanece sem solução até hoje.

Marilyn Monroe

Marilyn Monroe foi uma atriz, modelo e cantora norte-americana que se tornou um dos maiores ícones do cinema e da cultura pop do século XX. Ela nasceu como Norma Jeane Mortenson em 1926 em Los Angeles e teve uma infância difícil, marcada pela ausência do pai e pelos problemas mentais da mãe. Ela começou sua carreira como modelo pin-up e depois assinou contrato com a 20th Century Fox, onde estrelou filmes de sucesso como Os Homens Preferem as Loiras (1953), O Pecado Mora ao Lado (1955) e Quanto Mais Quente Melhor (1959). Ela era conhecida por sua beleza, seu charme e seu talento para a comédia, mas também por sua vida pessoal conturbada, que incluiu três casamentos e vários relacionamentos amorosos.

Marilyn Monroe morreu em 1962, aos 36 anos, por overdose de barbitúricos, um tipo de sedativo. Ela foi encontrada nua em sua cama, com um telefone na mão, em sua casa em Los Angeles. A polícia e o legista concluíram que sua morte foi um provável suicídio, baseado em seu histórico de depressão, overdoses anteriores e tendências suicidas. No entanto, algumas circunstâncias misteriosas envolvendo sua morte geraram várias teorias da conspiração, sugerindo que ela foi assassinada ou que sua overdose foi acidental. Algumas dessas teorias envolvem o presidente John F. Kennedy e seu irmão Robert F. Kennedy, com quem ela teria tido casos amorosos, além de líderes sindicais e mafiosos. Apesar das especulações, nenhuma evidência concreta de homicídio ou negligência foi encontrada, e o caso permanece sem solução.

Lana Del Rey

A cantora Lana Del Rey homenageou Veronica Lake, Elizabeth Short e Marilyn Monroe em seu novo vídeo de “Candy Necklace”, lançado em maio de 2023. O vídeo, que tem 10 minutos de duração, mostra Lana se transformando em algumas das mais famosas mulheres de Hollywood, usando perucas, maquiagens e figurinos inspirados nas atrizes. Lana também recria cenas icônicas dos filmes e da vida dessas mulheres, como o vestido branco esvoaçante de Marilyn em O Pecado Mora ao Lado, o penteado peek-a-boo de Veronica em A Dama Fantasma e o cadáver mutilado de Elizabeth, conhecida como Dália Negra, em um terreno baldio. O vídeo termina com Lana morrendo em um caixão cercado por joias e sangue, simbolizando a tragédia e a exploração que essas mulheres sofreram em Hollywood.

Lana Del Rey é uma artista que costuma fazer referências à cultura pop e à história de Hollywood em suas músicas e vídeos. Ela já declarou em entrevistas que admira essas mulheres e que se identifica com elas de alguma forma. Ela também disse que queria mostrar como elas foram vítimas de um sistema cruel e machista que as usou e as descartou. Lana quis fazer uma homenagem e uma crítica ao mesmo tempo, usando sua arte para dar voz a essas mulheres que foram silenciadas.

Mensagem recebida. Lana Del Rey é uma artista que costuma fazer referências à cultura pop e à história de Hollywood em suas músicas e vídeos. Ela já declarou em entrevistas que admira essas mulheres e que se identifica com elas de alguma forma. Ela também disse que queria mostrar como elas foram vítimas de um sistema cruel e machista que as usou e as descartou. Lana quis fazer uma homenagem e uma crítica ao mesmo tempo, usando sua arte para dar voz a essas mulheres que foram silenciadas.

Lana Del Rey já fez outras homenagens a mulheres famosas em suas músicas e vídeos. Por exemplo, ela já citou nomes como Nancy Sinatra, Jackie Kennedy, Priscilla Presley, Amy Winehouse, Whitney Houston e Sylvia Plath em suas letras. Ela também já se inspirou em imagens e estilos de artistas como Madonna, Courtney Love, Britney Spears e Billie Holiday em seus visuais. Lana Del Rey é uma artista que admira e respeita outras mulheres que marcaram a história da música e da cultura pop, e que busca trazer elementos de suas obras e personalidades para sua própria arte.

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