Eles não existem na realidade, mas diante dos olhos parecem bem reais. Os hologramas são uma tecnologia avançada que criam imagens e formas reais por meio de um truque da luz, mais conhecido como projeção. Continue lendo o artigo para saber melhor o que é um holograma, como ele funciona e para que ele é usado.

Os Hologramas são imagens tridimensionais que são obtidas a partir da projeção de luz sobre figuras bidimensionais. Eles funcionam graças à propriedade ondulatória da luz, que permite gravar as saliências e os vales das ondas luminosas. Para produzir um holograma, é necessário usar uma fonte de luz que se propague em uma só direção, como o laser. A luz do laser é dividida em dois feixes: um ilumina o objeto que se quer refletir, enquanto o outro incide diretamente no filme. 

Quando os dois feixes se cruzam, eles interferem um no outro e criam a ilusão do objeto em três dimensões. Os hologramas podem ser usados em diversas áreas, como multimídia, medicina, publicidade, comunicação e tecnologia.

Existem diversos tipos de hologramas, de acordo com as técnicas holográficas utilizadas. Os principais são os hologramas de reflexão e os hologramas de transmissão. Os hologramas de reflexão podem ser vistos quando o observador está ao lado de uma fonte de luz branca, como uma lâmpada ou o sol. 

Eles formam uma imagem 3D na parte de trás da superfície, dando a impressão de profundidade. Os hologramas de transmissão precisam de uma fonte de luz laser colocada atrás do holograma, que projeta a imagem para o lado do observador. Eles são mais nítidos e precisos do que os hologramas de reflexão. 

Além desses, existem outros tipos de hologramas, como os hologramas em relevo, os hologramas realistas e os hologramas arco-íris, que têm diferentes aplicações e características.

Por que usar um holograma?

Usar um holograma proporciona uma experiência única e imersiva, que vai além das limitações de outras formas de exibição. Ele permite a criação de imagens tridimensionais que parecem flutuar no espaço, dando a sensação de realismo e interação. Ao contrário das projeções em telas planas, um holograma oferece uma visualização em todas as direções, envolvendo o espectador e criando uma sensação de presença.

Essa tecnologia pode ser aplicada em diferentes contextos, como entretenimento, educação, medicina e até mesmo em apresentações de negócios, adicionando um elemento de surpresa e cativando a atenção do público. Além disso, um holograma pode ser utilizado para transmitir informações complexas de forma clara e compreensível, permitindo a representação visual de dados, modelos ou conceitos abstratos.

Dessa forma, o uso de hologramas potencializa a comunicação visual e estimula a criatividade, abrindo possibilidades inovadoras para a interação humana com o mundo digital.

Os hologramas são retratados nos filmes como imagens tridimensionais que podem ser projetadas no ar ou em superfícies transparentes, e que podem interagir com os personagens ou o ambiente. Alguns exemplos de filmes que usam hologramas são Star Wars, Minority Report, Homem de Ferro, Avatar e Blade Runner. 

Nos filmes, os hologramas geralmente têm cores vivas, alta resolução e movimentos fluidos, mas na realidade eles ainda enfrentam alguns desafios técnicos, como a necessidade de uma fonte de luz coerente, a limitação do ângulo de visão e a interferência de fatores externos. No entanto, eles também têm aplicações práticas em diversas áreas, como telecomunicações, educação, navegação espacial, marketing e entretenimento.

Os hologramas também começaram a ser usados em shows para homenagear famosos mortos a partir dos anos 2000, com o avanço das técnicas de projeção e computação gráfica. Alguns exemplos de artistas que foram “revividos” por meio de hologramas são Tupac Shakur, Michael Jackson, Cazuza, Renato Russo e Kim Kwang-seoh. Esses shows têm como objetivo recriar a presença e a performance dos artistas falecidos, usando imagens de arquivo e músicas gravadas, ou até mesmo inteligência artificial para gerar novas canções. 

Apesar de esses tipos de shows atrair muitos fãs que querem relembrar seus ídolos favoritos, a situação acaba gerando debates sobre questões éticas, legais e artísticas envolvendo o uso de hologramas de pessoas mortas.

O holograma que recriou o artista Tupac foi uma das primeiras e mais famosas aparições de um rapper morto em um show ao vivo. Ele aconteceu em 2012, no festival Coachella, onde Tupac “dividiu” o palco com Snoop Dogg e Dr. Dre. O holograma foi feito por uma empresa de efeitos especiais que usou imagens de arquivo e computação gráfica para criar uma versão digitalizada de Tupac, que foi projetada por um laser sobre uma superfície reflexiva. O holograma impressionou o público pela sua semelhança e realismo, mas também gerou polêmica sobre os direitos autorais e a ética de usar a imagem de um artista morto sem o seu consentimento.