Crítica | “Meninas Malvadas: O Musical” torna bom o que já era ótimo

Matheus Martins

Atualizado em:

Em uma reinvencão inusitada para a indústria cinemática, um dos clássicos do besteirol dos anos 2000 ganha o formato mais diferente possível com Meninas Malvadas: O Musical, novo filme inspirado no musical da broadway de sucesso homônimo.

Com um elenco totalmente novo e repleto de rostos conhecidos do mainstreaming, o longa traz uma história voltada para a geração z, com a mesma história, dessa vez acompanhada por muita música e tiradas de humor que referenciam tanto ao filme original quanto a geração atual.

Nós do Pixel Nerd já conferimos a produção e já temos a nossa crítica do filme. Confira abaixo:

Em primeiro lugar, Meninas Malvadas: O Musical não traz nada de muito novo – ou uma trama que quebre a cabeça para quem quer entender. Acompanhamos Cady Heron, uma jovem educada em casa que experimenta pela primeira vez a prática de ir a uma escola de verdade, interagindo com pessoas de verdade e suas “leis”. Se entender todas as coisas que precisamos entender vivendo em âmbito urbano já é difícil, imagina para quem nunca teve a experiência de levar bronca de professores, escolher o grupo de amigos com quem sentar ou ser paquerada pela primeira vez.

Imagine então que, com todas essas coisas, você ainda conhecesse os piores de pessoas do mundo? É o que acontece com o mundo de Cady quando seu caminho cruza o de Regina George, a abelha rainha da Northwest que tem a escola inteira abaixo dos seus pés. Junto de suas zangonas, Gretchen, uma menina fofoqueira, e Karen, o estereótipo da garota linda e burra, ela coloca o maior terror em todos, controlando tudo como uma leoa da selva.

Embora já saibamos essa história de cor e salteado, no fim das contas, o filme-musicam traz um contexto diferente e novas cores sob um ângulo jamais visto. Agora Cady é filha de uma mãe solteira e interessada em sua pesquisa, descobrimos que Gretchen e Karen nem sempre foram populares, a história da reclusa Janis é mais diferenciada, sem evitar o famigerado medo de lidar com sua possível sexualidade – é claro, sem querer dizer que o original presumia coisa alguma.

Tudo é lidado com muito humor, com muito mais conscientização e um drama que se intensifica por demais. Em filmes comuns, esse detalhe teria saturado ao ponto de deixar entreter, mas logo um humor com novas piadas e tiradas traz uma nova sensação, mesmo se atendo a algo muito familiar.

Como alguém que conhece o material de origem bem, algumas atuações aqui e acolá incomodam, se tornando muito caricatas e explosivas, me fazendo mirar os olhos melhor na versão fria que corta de forma crua como o original. Para compensar, ver Regina e Cady resolvendo seus problemas uma com a outra (mesmo com uma estando dopada, cof, cof) foi uma adição boa ao corte brusco que o original faz com essa dinâmica.

E o que falar daquele incrível cameo surpresa no terceiro ato do filme? Foi um grande aceno não só a atriz convidada para o especial, mas aos fãs da intérprete que marcou toda uma geração com sua personagem.

Para quem quiser assistir ao filme, a escolha é ir de braços abertos. Já que vem com toda uma temática feminina, haverão vários detalhes que deixarão o longa semelhante a Barbie, o que proporciona uma viagem divertida e contagiante.

Filme: Percy Jackson e os Olimpianos

Direção:  Samantha Hayne, Arturo Perez Jr

Elenco: Reneé Rapp, Angourie Rice, Avantika Vandanapu, Christopher Briney, Tina Fey.

Nota: 7,00

Meninas Malvadas: O Musical está em cartaz nos cinemas.

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