Crítica | “Percy Jackson e os Olimpianos” 1×05: Um Deus Compra Cheeseburgers Para Nós

Matheus Martins

No mais novo episódio de Percy Jackson e os Olimpianos, Percy (Walker Scobell), Annabeth Chase (Leah Jeffries) e Grover (Aryan Simhadri) recebem a visita de Ares, o Deus da Guerra, e um dos responsáveis pelo plot do episódio, que envovlerá uma missão para resgatar seu escudo no Túnel do Amor.

Porém, logo é decidido que Grover irá ficar com o senhor da guerra no restaurante enquanto Percy e Annabeth partem para uma missão para lá de constrangedora, no entanto necessária para que eles entendam a história dos deuses.

Já conferimos o episódio lançado nessa última terça-feira (09) e temos a nossa crítica sobre ele. Leia abaixo!

Reprodução: Disney Plus

Após a queda de Percy, Annabeth e Grover acreditam que ele tenha morrido. Mas logo é revelado que ele não somente sobreviveu a queda, mas também é capaz de respirar embaixo d’água. Emocionados, o trio logo descobre que precisam partir para Santa Mônica, onde Poseidon poderá ajudá-los.

Procurados pela polícia e sem poderem se locomover de trem ou de carro, o grupo é surpreendido pela aparição de Ares, o deus da guerra, que oferece ajuda na cruzada vivida pelos jovens. Apesar de ser um ser divino, sua personalidade surpreende os três, principalmente a Percy que acaba ganhando no parente distante uma espécie de rival.

Com a missão indicada por Ares, é decidido que Grover irá ficar com o deus como garantia de que a dupla irá atrás do escudo do deus da guerra e assim o episódio se divide em dois com direito a muita ação, easter-eggs, mais mitologia e armadilhas. Desde o segundo episódio, a série do Disney Plus tem acertado em cheio na manobra de dar mais destaque a história de Grover; como o livro é narrado por Percy em primeira pessoa, dificilmente temos uma divisão igualitária de cada personagem. Percy e Annabeth interagem o tempo todo, mas Grover sempre foi um protetor. Aqui, na pele de Simhadri, descobrimos como o personagem pode ser astuto assim como suas outras contrapartidas. Também é muito interessante ver como algumas decisões foram feitas para que o grande plot da história não seja revelado de uma maneira semelhante a de Ladrão de Raios, com direito a essa expansão de um universo conhecido.

Quem esperava que adentrar o Túnel do Amor tornasse as coisas românticas para Percy e Annabeth pode acabar ficando decepcionado, já que o foco das cenas possuem uma atmosfera de terror cômico, além de ser focado no lore já conhecido entre Afrodite, Ares e Hefesto. Como no livro, aprendemos que Hefesto nutriu uma raiva do irmão por seduzir sua deusa prometida, e por isso preparou uma armadilha muito arriscada para qualquer um que adentrasse seu maquinário. Para poder surperar os empecilhos no caminho, vemos pela primeira vez Percy usar suas habilidades como filho de Poseidon para salvar Annabeth, o que é legal de ver depois de episódios usando espadas e tendo saídas de mestre como a do episódio anterior.

Alguns podem reclamar da facilidade com que Percy ultrapassa os desafios, mas desde que a série colocou Percy para eliminar sua professora no começo da temporada a produção mostrou que veio para focar na história, nos personagens, nas referências da obra de Riordan que são pinceladas a cada nova leva de episódio. Portanto, não é hora para criticar questões técnicas como atuação, efeitos especiais e coisas mínimas quando essa é a primeira entrada de uma grande produção da Disney pode oferecer. Mas já que é para defender, o contraste do episódio, as divisões de cenas e o roteiro estão perfeitos, culminando para uma meia hora que empolga ao invés de depreciar e se arrastar em conteúdo filler.

E o que dizer da incrível sacada de usar o famigerado “Cabeça de Alga” no momento certo? A relação de Percy e Annabeth finalmente encontra estabilidade e é doce e muito dentro da proposta acompanhar ele explicar a Annabeth sobre filmes e como amizades funcionam.

Demonstrando que o episódio não é de todo perfeito, se a intenção é apelar para nostalgia, focar mais um tempo nas Parcas, que são uma parte respeitada da história e não um mero cameo desperdiççado teria tornado esse um dos episódios topos até agora – o que, de fato, não aconteceu.

Foi um bom episódio que soube funcionar bem dentro da história que demonstra que mais uma vez uma produção recheada de aventura pode ser adaptada balanceando entre o humor e um roteiro expansivo e prazeroso de se acompanhar.

Série: Percy Jackson e os Olimpianos

Direção:  Anders Engstrom, Jet Wilkinson e James Bobin.

Elenco: Walker Scobell, Leah Jeffries, Aryan Simhadri, Charlie Bushnell, Lance Reddick, Jessica Parker Kennedy, Suzanne Cryer.

Nota: 9,00

Novos episódios de Percy Jackson e os Olimpianos estreiam toda terça-feira às 23h no Disney Plus.

Deixe um comentário