Saber sobre a vida de um milionário – ou um bilionário, nesse caso – se tornou primordial para grupos de pessoas que se inspiram em suas biografias. Além de bem-sucedidas, essas personalidades muitas vezes atuam como verdadeiros filantropos no mundo, movendo o mercado ou modificando ele com investimentos pra lá de interessantes. Um grande exemplo disso é o empresário Jeff Bezos, fundador da Amazon, maior empresa de comércio digital dos Estados Unidos.
O bilionário percorreu um longo caminho para se destacar entre um dos homens mais ricos e influentes do mundo, começando sua principal empresa fundadora na garagem de casa até ser um dos maiores veículos de importância para o Marketing Digital atualmente e hoje nós iremos conhecer algumas suas curiosidades, história e formação do homem que já é considerado um centibilionário pelo mundo.
Nome de berço
Para começar, Jeffrey “Jeff” Preston Bezos, de 58 anos, quase ficou popularmente conhecido por outro nome: Jeffrey Preston Jorgensen. Isto porque o fundador da Amazon adotou o sobrenome “Bezos” logo depois da mãe, Jacklyn Jorgensen, conhecer o imigrante cubano, Miguel “Mike” Bezos, com quem se casou e tornou padrasto de Jeff.
Apesar da adoção, Jeff considera Miguel seu verdadeiro pai e a quem deve boa parte desse sucesso (mas isso é história que fica para daqui a pouco). Os três se mudaram de Albuquerque, Novo México, para Houston, Texas, onde Jeff cresceu e logo depois se mudou para ingressar na faculdade de Princeton, em Nova York.
O pai biológico de Jeff Bezos se chamava Ted Jorgensen e acabou deixando Jacklyn por razões pessoais. Algumas fontes contam a história de que Ted, na época em que era casado com Jacklyn, era alcóolatra e não conseguia se manter em um emprego, além de fazer parte de um grupo artístico de malabarismo circense. Quando Miguel “Mike” Bezos ingressou na vida da ex-mulher, Ted aceitou de bom grado se afastar da vida do futuro bilionário.
Não haveria notícias sobre aquele que já emprestou seu sobrenome a Jeff Bezos até 2012, quando foi revelado que Ted foi entrevistado por um jornalista da Bloomberg, Brad Stone, para uma autobiografia do fundador da Amazon, chamada “The Everything Store: Jeff Bezos and the Age of Amazon”.
Nela, foi descoberto que Ted era dono de uma loja de bicicletas e casado com uma mulher chamada Linda, com quem exercia o papel de pai adotivo de quatro filhos dela. Na mesma entrevista, ele disse não saber quem Jeff era ou se ele estava mesmo vivo, além de demonstrar querer conhecê-lo. Em 2015, no entanto, o homem faleceu sem conhecer em pessoa Jeff Bezos.
Jeff Bezos nunca teve qualquer tipo de contato com o pai, mas Bezos já contou em entrevistas que teve que usar o nome do pai em registros médicos para detectar doenças.
“Cadabra”
A Amazon antes da Amazon.
Por pouco, a maior empresa distribuidora de produtos e livros eletrônicos do mundo não teve nomes diferentes. A principal escolha era Cadabra.com (em referência a palavra Abracadabra), seguida por Awake.com, Browse.com e Bookmall.com. Na época, o site era uma loja de livros onlines, mas acabou pegando mal por soar parecido com a palavra “cadáver”.
Procurando inspirações, Jeff Bezos agora visava em um nome de site que começasse com a letra A (visto que os sites naquela época eram listados por ordem alfabética) e sua busca o levou até o nome Amazon, o maior rio de água natural da América do Sul e do mundo. Segundo Bezos, ele não era “só o maior, como ofuscava todos os outros ao seu redor”, detalhe que contrastava com as ambições bilionário para o futuro da empresa.
Testemunhas disseram que Bezos chegou com a ideia do nome da empresa já pronta um dia e nunca perguntou a opinião de qualquer um dos funcionários, tamanha foi a relevância da sua decisão.
O Divórcio mais caro
Uma história de amor que acabou rendendo um dos divórcios mais caros da história começou com um romance em enquanto Jeff Bezos e Mackenzie Scott trabalhavam para a D.E. Shaw, empresa de fundos de investimentos em Washington DC. A relação engatou bem rápido, fazendo com que o namoro de três meses já virasse um noivado em tempo recorde.
Jeffrey e Mackenzie ficaram bastante tempo juntos e atualmente dividem a guarda de 4 filhos; 3 do casamento biológico e uma garota chinesa adotada. O divórcio rendeu bastantes 64 bilhões de dólares, além de 4% das ações da Amazon sendo repassadas para Mackenzie — um valor que se modera a 34, 000 bilhões de dólares.
Apesar de ser bastante conhecida por ser parceira do bilionário que fundou a Amazon, Mackenzie. Mackenzie também é escritora e já levou o prêmio American Book Award por sua obra The Test of Luther Albright (O Teste de Luther Albright). Recentemente também doou uma quantia mensurável de mais de US$ 2, 7 milhões para ONGs que foram negligenciadas ou não receberam tanta atenção, uma delas sendo brasileira. Em um comentário, Mackenzie ressaltou que:
“Pessoas que lutam contra as desigualdades merecem o centro do palco nas histórias sobre as mudanças que estão criando. Colocar os doadores como protagonistas no progresso social é uma distorção de seu papel. Estamos apenas tentando contribuir com uma fortuna que foi possibilitada por sistemas que precisam de mudança”, disse MacKenzie
Especula-se que o pivô para a separação foi uma traição de Jeff Bezos com a âncora Lauren Sánchez, (com quem Bezos possuí um relacionamento público atualmente) que também era casada com um agente de atores de Los Angeles. Os quatro eram casais amigos e costumavam sair em férias juntos.
Criação incomum dos filhos
Pais que cuidam dos seus filhos são sempre uma espécie de fenômeno incomum, seja lá por qual motivo — mas o que mais chama a atenção para Bezos nessa história é a forma como ele cria seus quatro filhos. Aqui, não estamos falando apenas sobre o sigilo e a vida privada que ele provém as crianças, mas também sobre deixar suas crianças brincarem com objetos perigosos como facas aos 4 anos e depois, posteriormente, aos 7, com furadeiras.
Na concepção de Jeff, crianças protegidas desenvolvem uma espécie de uma criação “aleijada” nesse mundo e não sabem enfrentar as adversidades da vida. Em contraposto a isso, crianças criadas com uma espécie de risco aprendem melhor como enfrentar desafios e se tornando, por assim dizer, profissionais mais preparados.
Essa atitude de Jeff não é nada incomum a um discurso generalizado de disciplina entre pais dessa geração que não querem criar seus filhos para serem “frouxos” assim desenvolvendo próprias “metodologias de criação”, mas o que mais chama atenção no caso é a forma direta e sem medo com que Jeff faz a declaração, talvez não se tornando um alvo tão controverso por se tratar de um bilionário.
Ele mantém a vida de seus filhos tão privativa que fontes apenas conseguiram saber até agora que ele possui um filho mais velho chamado Preston Bezos (o primeiro nome sendo um nome do meio do próprio Jeff) que tem como hobbie viajar e seguiu os passos do pai ao ingressar para a faculdade de Princeton.
Compra do The Washington Post
Em uma polêmica compra feita em 2013, Jeff Bezos adquiriu o The Washington Post que, para quem não conhece muito, foi um dos jornais a veicular primeiro a notícia sobre abusos de padres em igrejas católicas, notícia que rendeu até mesmo um filme baseado em fatos reais, o longa Spotlight: Segredos Revelados, com Mark Ruffalo, Rachel McAdams, Michael Keaton e Liv Schreiber no elenco.
Muito se especulou que o adquirimento do veículo de notícias seria uma coisa ruim para os negócios – muito provavelmente por se tratar de um bilionário estando envolvido na compra do jornal, especulações de que o empresário poderia influenciar na liberdade de expressão dos repórteres surgiram de todos os lados.
Mas na verdade segundo o repórter Paul Farhi, o TW tem bastante liberdade e Bezos só aparece cinco vezes ao ano para se reunir com Marty Baron, jornalista responsável por publicar as notícias bombásticas sobre a igreja e interpretado pelo ator Liv Schreiber no filme Spotlight. Além disso, Farhi já informou que Bezos foi o responsável por tirar o jornal do vermelho, além de investir bastante dinheiro na infraestrutura da empresa.
Maratonou Stranger Things, se inspirou em Round 6
Apesar de ser um empresário renomado e um dos mais bem-sucedidos, Bezos é um nerd assumido que inclusive já usou as redes sociais para demonstrar sua admiração pelas produções da plataforma vermelhinha. O que foi provado quando ele usou as redes sociais em algumas vezes para notificar os seguidores que, apesar de ter vínculos com a empresa concorrente do streaming, pode muito bem abrir o aplicativo e curtir algumas de suas séries.
Como demonstrado, respectivamente, na publicação do Instagram e no tweet abaixo, Jeff maratonou a terceira temporada de Stranger Things em 2019 e, mais recentemente, fez um comentário pra lá de admirável sobre a febre coreana da plataforma do ano passado, Round 6. Confira:
Enquanto que de um lado a compra de um veículo de notícias pode ser uma coisa considerada polêmica para o fundador da Amazon, do outro uma notícia um pouco velha (para todos os termos) é a de que, por pouco, Jeff Bezos não se tornou CEO da Netflix também. Os principais fundadores da empresa contaram que receberam uma ligação do empresário logo nos primeiros meses de funcionamento – quando a ideia da Netflix, na época ainda um serviço Blockbuster, era um absurdo – para comprar as ações por oito digitos. Mas, quando chegaram ao escritório de Bezos (ainda pequeno e apertado na época) eles reconsideraram a proposta pelo que hoje conhecemos como um grande “não” que foi benéfico para ambas as marcas.
E-mails redirecionados
Mas nem todas as curiosidades sobre o homem que começou seu conglomerado dentro de uma garagem são positivas. Ele já foi eleito o pior chefe do mundo por denúncias de assédio moral de funcionários na Alemanha, chamando muitos deles de robôs ou relembrando a eles do fato de que seus cargos, dentro de alguns anos, vão se tornar obsoletos com o incrível avanço de máquinas.
Essa história de 2014 combina perfeitamente com um fato curioso de Jeff Bezos: ele permitia que os clientes enviassem e-mails diretamente para sua caixa de entrada. Jeff os lia, cada um no seu devido tempo, e se encontrasse alguma pendência a redirecionava diretamente para sua staff que tratava de resolver o problema o mais rápido possível.
Seja por TOC ou por característica metódica do empresário, esse fato curioso sobre Bezos faz com que algumas pessoas questionem de tempos em tempos a que custo alcançar o posto de homem mais rico do mundo custa para todos os envolvidos no alavancamento de um negócio próspero.
Colônia Espacial
Como toda personalidade filantropa que retém uma grande quantia de dinheiro, é natural que Jeff Bezos tenha uma idealização sobre o futuro da humanidade. Bill Gates quer combater doenças, Elon Musk quer nos levar para o espaço e o que o ex-Ceo atual da Amazon quer para a humanidade nos próximos anos? Uma colônia espacial.
Ainda no tempo da formatura, durante um discurso, Bezos admitiu que seu maior sonho era salvar a humanidade dos possíveis desastres climáticos que ela enfrentará dentro de algumas décadas. A maneira que o bilionário encontrou de fazer isso envolveria a criação de colônias espaciais que orbitariam no universo. Enquanto isso, a Terra serviria como uma grande área de preservação enquanto as pessoas fossem retiradas do planeta.
É de se lembrar que com as grandes criações de foguetes (ambos de Jeff e Elon Musk) esse é um plano revolucionário atual que quer impactar de forma grande as viagens ao espaço, tornando elas mais acessíveis e que só precisam de um grande investimento para se concretizarem.
Enquanto isso não acontece, é importante ressaltar nessa curiosidade que Jeff Bezos sempre teve um lado meio nerd e foi fascinado por temas como espaço ou foguetes. O fascínio é tanto que o empresário já fez um cameo em Star Trek: Sem Fronteiras estrelado por Chris Pine (Mulher-Maravilha) como um alien todo maquiado e pra lá de irreconhecível.
Apollo 11
É normal que empresários tenham um desejo que vá aquém de qualquer coisa ou ideia mundana.
Alguns preferem pensar em túneis subterrâneos e espaçonaves que pousem a lua e mude a humanidade como conhecemos. Mas Jeff Bezos conseguiu um feito que resumiu as coisas dentro dessa atmosfera e para além de carros e túneis submersos, ele foi mais a fundo. Literalmente.
Em uma operação organizada com cientistas patrocionados no inicio de 2013, Jeff Bezos direcionou uma busca por um dos motores do foguete Saturn V, responsável por levar o projeto Apollo 11 do primeiro homem à lua. O número de série 2044 presente no objeto correspondeu ao número 6044, presente no motor de origem do foguente da NASA. Para isso, ele precisou de um grande trabalho de retiragem de ferrugens e outras substâncias para comprovarem a sua descoberta.
Esse é um grande feito visto que o lugar onde o motor se encontrava era nada menos do que o Oceano Pacífico, mas não foi só isso. Visto o tamanho do efeito que uma notícia dessas poderia causar, Bezos resolver anunciar seu feito no dia em que se completavam 44 anos em que o astronauta Neil Armstrong pousou na lua.