Essa série teen da Netflix tem uma boa escrita, porém fica repetitiva em temporadas futuras

Matheus Martins

Sempre que encontramos as palavras “séries adolescentes” e “bem escritas” na mesma frase, é de no mínimo estranhar. Com exceção de algumas boas perólas raras, como Stranger Things e Wandinha, a Netflix não é lá bem conhecida por entregar os projetos mais coerentes.

Porém, escondido no catálogo da vermelhinha, existe uma série voltadada para o público jovem que pode impressionar quem, por acaso, decidir maratonar suas três temporadas.

Estamos falando de Outer Banks, uma aventura bem samoana com aventuras, ação, muito perigo e uma caça aos tesouros!

Na série criada por criada por Josh Pate, Jonas Pate e Shannon Burke adentramos a linda, porém dividida, Outer Banks, situada na Carolina do Norte, um lugar paradisíaco, porém em constante turbulência entre os “Pogues” e os “Kooks”, os trabalhadores e os ricaços da comunidade.

Quem narra a história é John B, um jovem Pogue que deseja saber o paradeiro do pai após ele ir atrás de um tesouro mitológico que todos acreditam não existir. Enquanto se livre de ordens de restrições e vive correndo da polícia, John B é acompanhado por seus amigos: o volátil J.J., o inteligente Pope e a preocupada com meio-ambiente, Kiara.

A escrita da série é perfeita, pintando cenários e a comunidade local que logo farão parte do grande elenco da série como um todo. John B possui muitas memórias do seu pai e entrelaça elas com os habitantes de Outer Banks, que são importantes para a narrativa da série, incluindo Sarah Cameron, seu namorado Topper e o irmão dela Rafe, que gostam de arrumar confusão com os Pogues.

Nos primeiros minutos, a série pode enganar, parecendo um baita clichê de romance adolescente, mas com várias cenas de ação, tensão e surpresa que prometem entreter a cada novo problema enfrentado pelo episódio.

Porém, essa é a Netflix: lar das séries que se estragam sem precisar de muito esforço. A títuli de exemplo, O Mundo Sombrio de Sabrina passou por isso, Sex Education passou por isso e, quase como um ritual, tudo que torna Outer Banks se volta contra ela mesma na segunda temporada.

O problema da série é se tornar repetitiva demais. Existe sempre um problema a ser resolvido, John B sempre precisa fugir. Os Pogues brigam o tempo todo apenas para se resolverem num tempo recorde, John B e Sarah testam o relacionamento a todo custo, e a desconfiança da polícia e os problemas que os jovens se metem contra criminosos e os magnatas desse paraíso ilídico são praticamente os mesmos, apenas trocam de temporada.

As atuações até que são comportadas, uma ou outra que ressaltam, mas para quem não gosta daquela exposição onde os personagens precisam dizer chocados suas descobertas e sentimentos, essa série definitivamente fica cansativa.

Outer Banks já tem três temporadas, mas deve retornar com uma quarta ainda em 2024 já que ganhou uma prévia e um anúncio na versão Tudum deste ano.

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