‘Gen V’: primeiras impressões do spin-off de The Boys

Matheus Martins

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Nesta quinta-feira (28), finalmente chegou ao Prime Video a série Gen V, spin-off de The Boys onde acompanhamos um grupo de jovens ambiciosos que aspiram por um lugar nos Sete, os grandes super-heróis da Vought.

Com três episódios exclusivos, a série finalmente trouxe uma mais nova história ambientada no mesmo universo que é tão sombria quanto a série principal, onde ter super-poderes nem sempre quer dizer que você nasceu predestinado para grandes coisas.

Nós do Pixel Nerd já conferimos a primeira parte da série e temos nossas impressões sobre uma das séries mais aguardadas do ano.

Não dá para negar que The Boys faz falta. Todo ano, uma nova temporada reúne um número grande de fãs que compraram a ideia subvertida do gênero de heróis. Para a felicidade de muitos, Gen V bebe da mesma fonte de humor carregado de escárnio, escrita referencial e mensagem direta que Eric Kripke conseguiu emanar dos quadrinhos de Garth Ennis.

Tudo começa anos atrás, quando a Vought acolhia o primeiro homem norte afro-americano Trem-Bala apenas para comprar a ideia de que a empresa é inclusiva e de vender aos Estados Unidos a ideia de que o país é pós-racista. Marie, uma jovem garota, acaba de descobrir seus poderes da pior forma possível: matando ambos pai e mãe de uma vez.

Anos vivendo em uma instituição, ela treina para controlar sua dominação de sangue em uma habilidade para que se torne uma super-heroína. Quando é aceita na Godolkin University, Marie visa seu sonho chegando cada vez mais perto.

Já conhecíamos Marie Moreau dos trailers e de toda premissa que foi revelada em vídeos. Apesar de saber que ela é uma jovem ambiciosa com o desejo de chegar aos Sete, os episódios mostram uma faceta ainda mais densa sobre a personalidade dela. Enquanto em The Boys vemos Hughie fazer tudo para conseguir vingança por sua namorada, Marie está vislumbrada com a ideia de ser uma super e não esconde isso, mesmo com o mundo sabendo a verdade sobre o Composto V e os últimos feitos do Capitão Pátria na série.

Por ser uma série baseada em uma universidade, era esperado que um ar de besteirol inspirasse alguns dos episódios. No entanto, o suspense, a investigação, os problemas e o caos f#dido que é instalado no primeiro episódio trazem uma trama tão viciante quanto The Boys. Tanto como a Vought, a Godolkin University esconde os segredos mais escabrosos do mundo corrupto entre super-heróis que são danosos para quem quer que os descubra.

Porém, não se deixe enganar. As coisas são tão explicítas quanto na série original. Menções a genitálias “especiais”, cenas de sexo e sangue sendo derramado são parte do combo, o que não deve ser um problema para quem já está acostumado ou já comprou e aceitou a ideia. O humor também continua tão afiado e inteligente para quem estiver atento ao “jeito The Boys de ser”.

Os coadjuvantes aqui ganham a mesma densidade que personagens como Trem-Bala, Queen Maeve, Annie e muitos outros têm na série principal. Essa maior densidade em The Boys ajuda a expandir o universo, enquanto aqui em Gen V ajuda a epxandir a história que fica cada vez mais tensa e sombria a cada passo que é dado.

Logo no primeiro episódio acontece uma morte que alguns podem achar desapontante, mas isso é para apenas aquela parcela de fãs que acham que ter um herói poderoso é mais importante do que contar uma história. Se isso não for um problema para você, fique para ver uma cena pós-crédito contida logo no episódio 1 que remete a velha forma da Vought de resolver seus problemas.

A série Gen V já está disponível no catálogo da Prime Video com três episódios exclusivos.

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