‘Ninguém Vai Te Salvar’: entenda o sucesso do filme da Star Plus

Matheus Martins

Ninguém Vai te Salvar é o mais novo candidato a filme cult dos fãs de gênero do horror sci-fi que está roubando a cena nos últimos dias. A trama, com uma pegada bem slasher, tem direção de Brian Duffield, responsável por roteirizar filmes como Amor e Monstros e produzir A Babá, da Netflix.

Como 93 minutos de duração e a primorosa atriz Kaitlyn Dever (Fora de Série) no elenco, essa nova produção pode surpreender pessoas pelo seu sucesso, mas a explicação é bem simples e sua premissa bastante interessante. Conhecemos Brynn, uma jovem dona de casa reclusa da sua comunidade. Embora não tenha muito o que fazer da vida, seu destino é transformado quando alienígenas começam a invadir sua casa e a obrigam a lutar por sua sobrevivência.

A primeira coisa a se dizer sobre Ninguém Vai te Salvar é que esse é um filme bem sútil. A Star Plus está se tornando apegada a lançar títulos na mesma pegada sempre no último semestre do ano, como fez com Noite Brutais, que teve um sucesso igualmente curioso no ano passado. O legal é perceber que ambos os filmes trazem uma mulher jovem em perigo, enfrentando uma ameaça desconhecida que só descobrirá do que se trata depois.

No filme, um dos seus maiores elementos que pesam a trama é a ausência de diálogos, que torna a atmosfera cada vez mais assustadora e densa. Embora ninguém diga nada, é através das ações, movimentos sútis da câmera em uma lápide que entendemos a história de Brynn, seus sentimentos, temores, medos e desafios.

Mas nada carrega melhor o filme que a atuação de Kaitlyn, que consegue transmitir todas essas emoções com bastante facilidade. Sendo uma atriz tão jovem, é bastante possível que vejamos ela ganhar ainda mais papéis de destaque futuramente ou se tornar uma favorita dos fãs para filmes do mesmo gênero.

Outro grande elemento que faz com que Ninguém Vai te Salvar funcione fica por conta do time dos efeitos especiais. Com exceção de uma cena aqui ou ali, os alienígenas lembram muito a versão clássica que costumamos ver em filmes clássicos, como em Sinais (2002) de M. Night Shyamalan, e são completamente distintos em forma, ao contrário de fugirem da câmera o tempo todo. Nossa recomendação fica com a sequência final, onde os aliens conseguem levar Brynn para a nave e é demonstrado todo aquele universo denso e amplo do interior da nave.

Para aqueles que gostam de filmes com finais inconclusivos, que deixam eles completamente abertos para a interpretação, Ninguém Vai te Salvar é um desses títulos e merece sua atenção na lista.

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