Pânico: Todos os Assassinos Rankeados do Pior ao Melhor

Matheus Martins

O que seria da franquia Pânico sem seus loucos, surpreendentes, sociopatas e sanguinários assassinos? A resposta é: nada. Sem a presença de um Ghostface (o algoz mascarado de fantasma) faltaria um elemento principal para tornar a saga de 1996 tão icônica como ela é.

Pois as ligações, as cenas de perseguição, as facadas não seriam nada se não pudessemos associar todas essas coisas a uma figura sombria estando sempre à espreita. O slasher criado por Wes Craven (1939-2015) consegue ser viciante de uma maneira que filmes do gênero não conseguem. E uma grande parte desse motivo é a metalinguagem que a motivação dos assassinos sempre conversa com seu público – tirando alguns poucos casos que iremos abordar futuramente.

Em janeiro desse ano, o primeiro longa da franquia fará seu aniversário de vinte e sete anos – só para dois meses mais tarde trazer um sexto capítulo para os cinemas nas mãos de Matt Bettinelli-Olpin e Tyler GIllet, que agora carregam o legado de Craven. Um novo assassino (ou assassinos) promete ser mais violento do que os anteriores enquanto taca o maior terror na cidade de Nova York. Mas até que cheguemos lá, nada melhor do que matar o tempo revisitando alguns dos melhores Ghostfaces – tanto do universo dos filmes como das séries.

Por isso, confira o nosso Rank de Assassinos de Pânico do Melhor ao Pior pra já ir definindo quais são as suas expectativas para o novo filme da Paramount que chega em março!

17. Kieran Wilcox – O Pior de Todos

Kieran Wilcox (Amadeus Serafini) atingiu um lugar de privilégio que os outros assassinos do universo de Pânico não conseguiram: sobreviver. Geralmente, após uma revelação, não demora muito tempo que até que os assassinos sejam mortos com um tiro na cabeça para que os mocinhos tenham certeza que eles não poderão retornar nunca mais. E quando Kieran foi parar na cadeia após tentar matar Emma (Willa Fitzgerald) e Audrey (Bex-Taylor Klaus), todos ficaram surpresos com o desfecho dado ao personagem.

A grande motivação de Kieran para ser o Ghostface na segunda temporada de Scream (2015-2016) foi ter visto o quanto seu pai, o Xerife Clark, e a mãe de Emma, Maggie, estavam envolvidos e o quanto Piper sofreu por ter sido rejeitada por sua mãe biológica. Kieran estava apaixonado pela jovem de mente distorcida. Então, ambos passaram a matar o grupo de amigos de Emma Duval até vê-la sofrer.

Kieran foi um assassino bastante fraco em comparação aos outros. Sim, ele matou Jake e manteve seu cadáver escondido até o fatídico dia em que Brooke subiu ao palco. Sim, ele também matou a namorada de Noah, enganou Emma, atirou no primo e pode até ter um dedo na morte do próprio pai. Mas sua motivação foi a mais fraca de todos os assassinos do universo de Scream. Além do mais, a revelação não foi nada empolgante considerando o fato de que os fãs já haviam teorizado que ele seria o assassino na primeira temporada da série – o que, em parte, ele também foi, visto que Piper não conseguiria ter estado em tantos lugares ao mesmo tempo.

Depois de oito meses na prisão, o personagem teve a garganta cortada por um novo Assassino e isso meio que encerrou de vez sua necessidade na história. Mesmo assim, não podemos negar o quanto ele foi distinto dos outros em um grau mesmo que inferior.

16. Ghostface Desconhecido – O Menos Pior

No especial de halloween de Scream, o episódio em que dizemos adeus a Kieran e sua péssima motivação, Kieran recebe uma visita na prisão que, aparentemente, parece querer ajudá-lo. É um novo assassino mascarado que rapidamente degola o responsável pelos traumas de Emma e o deixa no chão para morrer.

Com o cancelamento da série distribuída para a MTV – e um reboot prematuro para a produção – nossas respostas de quem poderia ser esse assassino em particular provavelmente nunca serão respondidas. Porém, muitos dos fãs que estavam acompanhando a série tinham dois suspeitos principais de quem gostavam bastante.

O primeiro suspeito era o pai de Emma, Kevin Duval. Sua principal motivação seria a de que ele seria o verdadeiro responsável pela morte dos amigos no passado e para que Lakewood não conhecesse sua natureza psicopata, colocou toda a culpa em Brandon James.

Já o segundo suspeito seria o próprio Brandon que, cansado do bullying e das injustiças em meio ao seu nome, simplesmente enlouqueceu e estaria vivo esse tempo todo, pronto para se vingar daquela que partiu seu coração profundamente – Maggie Duval.

Sendo Kevin ou Brandon, não dá para negar que o assassino foi bastante direto ao ponto, o que já o torna um pouco melhor do que Kieran nesse quesito.

15. Roman Bridger – O Irmão Secreto que Ninguém Gosta

Além de Kieran, Roman foi também um dos únicos a ganharem uma particuliaridade que os outros assassinos não puderam compartilhar. E essa característica é a de que Roman agiu sozinho todo esse tempo.

Disfarçado de um diretor de cinema que se inspirou nos casos reais de assassinato em Woodsboro, Roman tinha o disfarce perfeito, além do set de filmagem de ‘Facada 3’ como grande incentivo para atrair Sidney Prescott até o local. A motivação de Roman conectou todas as mortes de Pânico 1 até Pânico 3 em uma vingança pessoal contra Sidney, de quem era o meio-irmão desconhecido. Fruto de um abuso sofrido por Maureen quando a mesma respondia pelo nome de “Rina Reynolds”, ao procurar sua mãe biológica, Roman foi dispensado, o que resultou em uma jornada de vingança que originou todos os acontecimentos do primeiro filme.

Primeiro, Roman gravou todos os affairs secretos que Maureen tinha com Cotton Weary e Hank Loomis, o último sendo o pai do namorado de Sidney, Billy Loomis. Depois, com um empurrãozinho, o bastardo conseguiu convencer Billy e Stu a matarem Maureen e concluiu sua vingança de uma vez por todas – ou assim ele pensava.

Após a morte dos dois primeiros assassinos, Roman sentiu raiva da fama e ascenção que o nome de Sidney alcançou – algo meio contraditório, visto que isso foi resultado do seu próprio plano – e decidiu atraí-la de uma vez por todas para conseguir uma última e final vingança contra os Prescott. Mas foi uma bala no peito dada pelo policial Dewey que acabou de vez com qualquer sonho de revanche que ele poderia ter.

O fato de ter ficado com inveja de Sidney por ter uma vida que ele não teve e ainda ter estudado cinema, estrelado no mundo da atuação e ter uma mansão revela o quão fútil o tipo de assassino que ele era. Mesmo tendo um dedo em todas as mortes indiretas dos outros filmes, Roman matou pouco: alguns membros do seu elenco e a namorada de Colton. Sem contar que a revelação, para a época, mesmo sendo um tanto inovadora, foi um pouco broxante. Em meio a tantos assassinos invejáveis que só queriam matar, a vendeta de Roman é fraca e patética, assim como seu trabalho como Ghostface.

14. Jason Carvey

Pânico 6 começa de um maneira bastante diferente da dos outros filmes da franquia, onde conhecemos Jason Carvey, um estudante de cinema da classe de Tara que planeja seguir os passos de Richie em recriar um novo filme de facada. Ele e um amigo, que nunca deu as caras no filme, estavam treinando para serem os próximos Ghostfacers antes de serem descobertos pela família de Richie. Ficou claro que o seu plano era atacar as irmãs Carpenters e dar início a mais uma nova carnificina. Só de vê-lo perto de Tara, a possibilidade de ele causar algum mal foi assustadora.

Mas, nos poucos minutos em que esteve em tela, o personagem entregou uma abertura para Scream que inovou, além de realmente ter um plano consolidado e já posto em ação. Vivido pelo Flash Thompson da leva de filmes do aranha de Holland, ele entregou uma fala que fez referência aos Flinstonnes, Querida Cheguei. Se o filme tivesse focado nele e em seu parceiro como os verdadeiros vilões, Jason realmente seria um dos mais interessantes de serem vistos.

13. Beth – Da Série de TV

As duas primeiras temporadas de Scream não agradaram bem o público que estava acostumado com o formato da obra de Wes Craven para o cinema. O que, de certa forma, resultou em um reboot que foi distribuído com pouca divulgação aqui no brasil, a série Scream: Renascimento. A série com apenas 6 episódios nos apresentou Beth, uma das assassinas que até honrou um pouco o legado deixado por Billy e Stu.

É que a principal motivação de Beth para matar o grupo de amigos de Marcus Elliot era bem simples: por ser fascinada por filmes do gênero de horror, Beth acreditava que poderia ser melhor do que a ficção. Tudo que a jovem gótica e irônica precisava era de alguém que ouvisse suas preces. Essa pessoa foi ninguém menos que Jamal, que além de compartilhar do lado sombrio de Beth, possuía uma motivação para acabar com Marcus. Os dois juntos foram responsáveis por várias mortes da série, mas foi Beth quem ateou fogo, cortou a garganta, esfaqueou por trás e até atirou em pessoas para conseguir o que queria.

Sua habilidade de manipulação lembrou um pouco Jill Roberts, uma das assassinas mais icônicas da franquia, embora de forma bastante humilde. Bem, pelo menos ao contrário de Roman, ela não precisava de uma motivação de anos, Beth queria apenas matar e isso a torna bastante fascinante quando colocada ao lado de Kieran que só estava “apaixonado” por Piper.

12. Quinn Bailey

O sexto filme de Pânico realmente foi longe, entregando não só um, mas três assassinos oficiais para o filme. Uma delas era Quinn, a colega de quarto “sexualmente positiva” de Sam. Bem debaixo dos olhos das Carpenters, a irmã de Richie entregou uma verdadeira atuação se passando por uma jovem normal, mas, no fundo, era uma assassina vil com mais do que motivos para se vingar das duas.

É ela quem ataca Mindy dentro do metrô de Nova York e que depois tem a audácia de ligar para Gale e entregar uma das melhores cenas de luta do filme.

Ainda assim, Quinn matou pouco, e nem mesmo foi capaz de matar uma original como Amber foi, então não merece nem destaque para entrar no Top 10 de assassinos.

11. Detetive Bailey

Depois de Quinn, temos o Detetive Bailey. Pai e filha arquitetaram um plano magnífico para passarem por cima da suspeita de serem meras pessoas preocupadas com o destino das Carpenters, e Bailey tinha o disfarce perfeito de detetive. Bailey se revelou um pai muito ruim, não somente endossando a paixão doentia de Richie por filmes de Facada como achando que ele não merecia o final que teve pelas mãos de Sam. Ele acusou Kirby de ser a assassina, matou pessoas inocentes, enganou, perseguiu e, no final das contas, morreu de uma forma ainda mais vergonhosa que o filho quando pediu para não ser morto.

10. Ethan Landry

Ethan realmente é um dos piores da família de Richie. Foi ele quem matou a namorada de Mindy da maneira brutal na cena do apartamento e da escada – que, inclusive, me deixou traumatizado até hoje. Depois, ele e a irmã quase empalaram Chad vivo ao atacarem ao mesmo tempo. Ele não é nada inocente, nem bobo, e sabia que fingir ser um virgem nerd enganaria todos menos Mindy, que desconfiou dele – e com razão – desde o começo.

Ainda assim, ele soube resistir bem a morte, levantando para uma tacada final e tendo um exatamente como o de Stu, com uma televisão esmagando sua cabeça.

9. Piper Shaw – A Podcaster Maligna

Outra assassina também presente na série de TV de Scream é Piper Shaw, a repórter investigativa que chega a Lakewood com um interesse nas mortes que começam a acontecer na pacata cidade. Seu papel no formato de seriado para Pânico lembrou bastante ao público um pouco de Gale Weathers, com quem Sidney vivia tendo problemas nos primeiros filmes da franquia.

Piper foi lunática – não somente em sua motivação, que foi bastante similiar a de Roman com Sidney, mas também em suas mortes. Cabeças sendo atiradas em jacuzzis, estrangulamento, além de cortar o namorado de sua meia-irmã ao meio com uma valetadeira, a filha de Brandon James pode até acreditar na inocência do próprio pai, mas não vai conseguir de maneira nenhuma defender a si mesma. Apesar disso, ela foi uma das únicas assassinas a não portar uma arma durante o que os assassinos chamam de “Ato Três”.

Além do seu plano sádico, Piper conseguiu realizar algo que o irmão de Sidney nunca conseguiu: acompanhar de perto Emma sofrer enquanto ia perdendo seus amigos e próximos um a um. A atuação de Amelia Rose Blaire no último episódio da 1ª temporada, “Revelações” fez justiça a tudo que precisavamos em um Ghostface na época: alguém que se divertia com o mal que estava causando. E não é para menos; a querida foi rejeitada pela mãe de Emma, Maggie, após a família ver uma criança gerada pela relação com Brandon James como um fardo, o que motivou bastante sua vingança todo esse tempo em que ela permaneceu escondida.

8. Sra. Loomis – A Assassina de Randy

E já que estamos falando de coisas que ligam sangue e assassinos, não podemos deixar passar uma personagem bastante importante em Pânico 2: Sra. Loomis, a mãe de Billy Loomis.

Nancy queria nada mais, nada menos, que uma vingança perfeita por Sidney e Gale terem tirado a vida do seu doce e precioso Billy. Sem contar que foi a mãe de Sidney que resultou na dor do abandono que a Sra. Loomis causou ao próprio filho, então o ódio era por tabela. Ela perdeu alguns pesos, realizou uma cirurgia plástica e, quando estava pronta, foi atrás de Sidney e Gale disfarçada de uma repórter fanática pelo trabalho da ilustre Gale Weathers.

Apesar de não ter (presumidamente) matado mais do que duas pessoas no filme todo, a fúria e sede de vingança com que ela demonstra quando revela a si mesma para Sidney e Gale a deixou marcada para os fãs da franquia como uma das melhores assassinas. Além disso, foi nas mãos dela que Randy, um dos personagens mais icônicos que Scream já viu, encontrou seu fim com múltiplas facadas dentro de uma van após falar asneiras sobre seu filho. Haja amor de mãe!

7. Mickey – O Serial Killer Contratado

Em uma franquia de peso como Pânico, é fácil os fãs lembrarem muito bem de uma sequência. Por essa razão, Mickey sempre será conhecido como o “Outro” ou o “Segundo” ou, até mesmo, “Aquele Que Veio Depois” já que foi ele quem atormentou Sidney depois que a jovem deixou seu primeiro trauma para trás.

Um assassino disfarçado de estudante, Mickey foi usado pela Sra. Loomis para cercar o fecho ao redor de Sidney matando seus novos colegas e referenciados inocentes usando suas iniciais e segundos nomes em um joguinho psicopata. Mickey matou e não foi pouco, e tudo fica um pouco mais sombrio se levarmos em conta que antes de se transformar em um serial killer, ele já matava.

Saber que ele foi enganado todo esse tempo para que uma mãe conseguisse vingança pelo filho tiraria um pouco do crédito de tudo que ele fez, se Mickey não tivesse entregado um verdadeiro banho de sangue que proporcionou cenas icônicas como a morte na sala de cinema na abertura e a cena angustiante em que a amiga de Sidney pensa que vai sobreviver quando foge do carro em que o Ghostface estava desmaiado.

Você sempre será famoso, Mickey.

6. Richie Kirsche – O Fã de Facada

Interpretado pelo queridíssimo Jack Quaid de The Boys, Richie também compartilha um DNA dos assassinos que agrada bastante os fãs de Pânico: ele só queria matar. Ele, juntamente de uma comparsa, estava insatisfeito com tudo que os filmes de “Facada” estavam entregando atualmente. Então, nada mais justo na sua mente distorcida do que criar algo que valha realmente a pena, começando por algumas gargantas cortadas.

Para que o plano desse realmente certo, Richie localizou a filha de Billy Loomis, Samantha Carpenter, e fingiu estar apaixonado por ela todo o tempo até que chegasse a hora. Seu plano consistia em fazer uma ret-con – uma alteração de fatos previamente estabelecidos na continuidade de uma obra original. Bastante meta, não é? Richie também concorda já que fez um papel pra lá de convincente o tempo todo.

Muito óbvio para ser o namorado, ele casualmente estava onde deveria estar na hora em que deveria estar – salvo alguns momentos. Quando diz a Sam que estava assistindo a “Facada”, provavelmente o personagem estava na casa da Xerife Judy esperando para mata-lá e matar Wes, seu filho. Por falar em Wes, o personagem teve uma das mortes mais agoniantes de Pânico 5, deixando o público não saber em qual momento o Ghostface poderia aparecer e começar o banho de sangue.

Por ser sádico a esse ponto, Richie quase chega ao rank de 5º melhor Assassino e com honraria, viu?

5. Charlie Walker – Um dos Melhores

Ser induzido por outra pessoa (ainda mais uma assassina) para matar alguém parece uma grande característica que os assassinos de Pânico levam no seu DNA. A prova disso é Charlie Walker, primeiro comparsa de um Ghostface com motivos depois de um hiatus de 11 anos que a franquia teve.

O jovem, ao lado de Robbie, era obcecado pelos filmes de “Facada” do universo da franquia e por essa razão se apaixonou facilmente por Kirby, a melhor amiga de Jill que também se interessava pelo mesmo assunto. Apesar disso, sua personalidade real foi revelada no Ato Três dos assassinos. Charlie, junto de outra pessoa, planejava gravar todas as mortes feitas pelo novo Ghostface e se tornar viral na internet com toda a carnificina gravada atrás da máscara do assassino.

Infelizmente, esse tipo de palco só poderia dar certo se houvesse apenas uma vítima de todo o massacre e esse alguém não foi ele. Assim como Stu, Charlie caiu em uma cilada e morreu rapidamente. Antes de cair no esquecimento, ele matou, matou e matou, o que meio que faz com que ele faça parte de uma das histórias que consagraram Wes Craven no último filme que ele dirigiu para a franquia.

Dá-lhe Charlie!

4. Amber Freeman – Uma das Melhores

Não se deixe enganar pela postura de amiga preocupada – Amber é uma das melhores assassinas do ramo. Ela agiu sorrateiramente e passando completamente despercebida dentro do grupo de amigos de Tara Carpenter, a irmã de Sam que não a via há anos. A parceira de Richie não foi usada em momento algum pelo cara mais velho e ainda convenceu seus pais de que a antiga casa de Stu Macher seria um lugar ótimo para morar.

A grande verdade é que Amber estava se preparando para um momento com o qual sonhou desde que demonstrou seu interesse por filmes slashers para Richie: o dia em que atrairia a filha de Billy Loomis de volta para Woodsboro. Amber matou um valentão no bar sozinha e depois conseguiu derrubar um dos maiores sobreviventes que a franquia já presenciou, o policial Dewey Riley.

Ao se gabar da morte dizendo que o ex-Xerife “morreu como uma mulherzinha”, a jovem foi jogada no fogo pelas duas originais da saga, Sidney e Galee, e protagonizou várias cenas marcantes do novo filme da franquia como a bala na cabeça de Liv e seu rosto todo queimado quando ela ressuscita e tenta matar de novo.

Assim como Richie, Amber tinha um prazer por cortar gargantas, provando que nem sempre precisamos de um drama em particular e por isso merece o 4º e merecido lugar do Rank.

3. Stu Macher – Um dos Maiores

É impossível olhar para toda a trajetória de Pânico e não pensar em Stu Macher, um dos assassinos originais – senão O Assassino Original da franquia criada por Wes Craven.

Foi Stu quem matou Maureen Prescott e deu início a contagem de corpos que chega até aqui. Convencido e ludibriado por Billy, o garotão estava tão fascinado por slashers dos anos 80 e 90 que não precisou de muito incentivo para começar a matar. Mas não vamos mentir – quem assiste o filme desavisado não vai imaginar que o grande palhaço da turma vai ser o responsável por toda a carnificina ao redor de Sidney, muito menos um comparsa conivente.

O que mais agrada em Stu é que ele não tem raiva de Sidney, não possui uma rixa com os Prescott e nem está envolto em qualquer tipo de drama. Stu apenas quis matar e assim o fez. Além disso, é dele o crédito de ter entregado uma das cenas mais memoráveis do original: a morte de Tatum, sua própria namorada, que acaba presa na entrada da garagem de sua casa.

A grande verdade é que Stu interpreta muito bem o fetiche da época que jovens exerciam sobre mulheres sendo mortas no cinema, um prazer estranho bastante enraizado na cultura norte-americana.

2. Billy Loomis – O Maior de Todos

Uma salva de palmas para Billy Loomis, o primeiro Ghostface de Pânico. Apesar de não ser o primeiro assassino da franquia, é dele o plano maquiavélico de encurralar Sidney e se vingar de uma vez por todas de Maureen Prescott, quem acabou tendo um caso com seu pai.

Billy, assim como Sidney, ficou sem mãe e usou bastante do acontecido para pressionar a jovem para que eles dessem aquele passo pra lá de íntimo na relação… Enquanto todo o tempo planejava em rasgar a garganta da garota e dos seus amigos. Junto de Stu, eles sequestraram o pai de Sidney no aniversário da morte da mãe dela e começaram um rastro de morte que serviria de inspiração para diversos assassinos que viriam depois.

Sua motivação mais do que perfeita apresenta o deleite em ver Sidney sofrer de verdade – algo que Roman e Kieran puderam apenas sonhar antes de se darem mal.

A atuação de Skeet Ulrich marcou uma geração de entusiastas do slasher que nunca vão esquecer do momento em que o jovem tira a máscara. É por causa dele que, em filmes do mesmo gênero, as pessoas sempre usam aquela frase, “É sempre o namorado”.

Tem ideia do quão icônico é deixar um legado desses?

1. Jill Roberts – A Maior de Todas

Embora Billy tenha passado o bastão que marcaria gerações, para um assassino ser realmente O Maior de Todos (Ou Todas), alguns ingredientes precisam ser trabalhados para fazerem a entrega da receita perfeita de um Ghostface. E a junção de todos esses componente é ninguém menos que Jill Roberts, a Maior Assassina que os fãs de Scream já tiveram o prazer de ver.

Como já dissemos logo no começo desse Rank, o que faz Pânico ser tão atraente não são apenas as ligações e a figura encapuzada à espreita de uma casa. Mas sim a capacidade de usar metalinguagem para conversar com a era na qual o filme está inserido. O primeiro Pânico (1996) fez isso muito bem citando Michael Myers e o desejo de matar, mas com a revelação de Billy tendo um motivo pessoal para matar Sidney, isso meio que quebrou a essência do que poderia tornar ele um assassino perfeito. Matar por matar. Essa é resposta perfeita que deixa o público encucado, além de ser uma sacada artística das maiores.

Sim, nós sabemos que Jill sentia certo ódio por viver na sombra da sua prima. Deve ser irritante acompanhar sua família falar o tempo todo de uma pessoa que sobreviveu a um massacre que aconteceu há, tipo, quinze anos atrás. Mas ao ponto de você matar sua própria mãe? Jill era lunática e sem coração algum. E a melhor parte de tudo é que não deu para desconfiar dessa vez.

Quando sentamos para assistir Pânico 4 sem saber de nada, achamos que Jill é a ancestral de Sidney. Uma jovem de cabelo castanho com problemas com o namorado babaca, cercada por amigos e agora por um mascarado que a coloca como centro da carnificina. Sidney protegeu a sua parente o tempo todo porque, assim como nós, acreditou mesmo que ela fosse a vítima. O que ela não sabia era que essa preocupação era tudo que Jill precisava que ela pensasse.

Assim que revela seus planos para Sidney, Jill também conversa com o mundo todo que assistiu a quarta leva dos filmes: ninguém liga para família nos dias de hoje, apenas para fama. Emma Roberts arrasou não só na atuação de garota inocente/vilã icônica, mas em um monólogo que mora ainda mora no cerne da sociedade vazia que o filósofo Zgmunt Bauman já alertava em seus estudos sobre relações líquidas.

Algumas pessoas vão achar que escolhemos Jill para representar o topo do Rank porque ela é mulher e porque queremos dar um “choro” para o feminismo e não poderiam estar mais errados nessa colocação. Nós ousamos em dizer que, após anos tentando, Wes Craven conseguiu criar uma vilã que conversava com o motivo de ele ter criado o slasher em primeiro lugar: a juventude.

O plano de Jill era perfeito. Se tornar a estrela que sua prima jamais quis ser. E é assustador pensar que, embora nem todos nós tenhamos coragem de chegar tão longe para começar um plano tão sádico quanto esse, algumas pessoas como a Jill existem na vida real e estão sempre virando notícia o tempo todo. E essa verdade consegue ser ainda mais assustadora do que qualquer filme de slasher do gênero.

Pânico VI chega aos cinemas, com estreia antecipada aqui no Brasil, no dia 09 de março de 2023. No filme, os novos sobreviventes de Woodsboro vão para a cidade de Nova York terem um recomeço longe do passado obscuro que enfrentaram. Porém, Sam esconde do seu grupo de amigos que está lutando com um lado sombrio e secreto, ao passo que um novo assassino “diferente” promete ser mais violento do que os anteriores. O grupo tentará atrair o novo Ghostface para uma cilada que promete ser arriscada.

Além de Melissa Barrera e Jenna Ortega como as irmãs Sara e Tara Carpenter, Mason Gooding e Jasmin Savoy Brown voltam como os gêmeos Chad e Mindy. Diferente de Neve Campbell, Courteney Cox retorna como a icônica jornalista Gale Weathers. A atriz Hayden Panetierre, que interpetou “Kirby” dada como morta no quarto filme, também retorna para a franquia.

Josh Segarra (“Mulher-Hulk: Defensora de Heróis”), Tony Revolori (“Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa”), Liana Liberato (“Se Eu Ficar”), Devyn Nekoda (“Ginny & Georgia”), Jack Champion (“Avatar: O Caminho da Água”), Samara Weaving (“Casamento Sangrento”) e Dermot Mulroney (“O Casamento do Meu Melhor Amigo”) compõem o restante do elenco.

E aí, gostou do nosso Rank de Assassinos de Pânico? Como ficaria o seu Rank? Deixe nos comentários para sabermos!

Deixe um comentário