The Last of Us chegou chegando nesse ano e já é uma das séries mais bem-avaliadas de janeiro. Prometendo ser uma das melhores adaptações de séries para videogames, é inegável admitir que quando encerrar sua primeira temporada, a série vai ensinar plataformas como Netflix, Prime Video e outras a como fazer uma adaptação de forma correta.
Com muito fan-service, fidelidade e uma história rica em detalhes, a trama criada por Craig Mazin e Neil Druckmann está recheada de pontos positivos desde ambientação até escolhas de roteiro e decisões criativas que agradaram muitos dos fãs da série de videogame. Em uma entrevista para a Variety, Druckmann explicou que a série tinha exatamente esse objetivo, mas que também queria conquistar uma nova parcela que nunca tinha ouvido falar da franquia da Naughty Dog.
Nós do Pixel Nerd fazemos parte dessa parcela e já assistimos os dois primeiros episódios para te adiantar que é tudo de bom. Mas como nosso trabalho é mais fazer do que simplesmente falar, fizemos uma lista de 5 motivos para você assistir o live-action da HBO Max agora mesmo! Confira:
1. Um terror e perigo reais
O terror e perigo presentes na série são tão reais que é muito possível nos imaginarmos na pele dessas personagens, vivenciando um dia normal e sendo pegos de surpresa por um surto viral ou uma interdição do exército por todo o país.
Em grandes filmes de produção do mesmo gênero, é muito normal as tramas começarem com cenários ricos em efeitos especiais. Mas aqui, a dupla Craig e Neil preferem começar tudo dentro da normalidade, com uma família tendo um café da manhã normal, conversas triviais entre vizinhos e um dia comum na escola.
E essa é a melhor forma de se fazer um terror, porque você não consegue ter a menor ideia de onde o perigo possa vir até que ele se manifesta e faça parte da vida dessas personagens.
A primeira coisa que vemos quando colocamos The Last of Us para rodar é uma espécie de Talk Show com dois cientistas e um apresentador bem-humorado. Apesar do clima leve da entrevista, a tensão não demora a crescer quando percebemos que pegamos o bonde andando: o especialista fala sobre fungos e os grandes perigos se esses fungos tiverem domínio do cérebro humano futuramente.
Usar o vírus através de fungos em uma era ainda se recuperando da pandemia foi uma grande sacada de mestre dos criadores. Claro, tratando tudo de maneira simples e muito simples para evitar absurdos.
Uma explicação é dada e, muito embora no tempo em que The Last of Us é passada seja só uma probabilidade, sabemos exatamente do que série irá tratar apenas com esse prelúdio.
2. A construção do primeiro episódio
A construção do primeiro episódio de The Last of Us foi uma das coisas mais elogiadas no piloto da série. Como já dito anteriormente, a produção abre com um prelúdio e depois seguimos a família de Joel composta por ele, sua filha Sarah e seu irmão Tommy.
Sem pressa vemos a interação dessas personagens e suas motivações e objetivos. É o aniversário de Joel, mas infelizmente o homem tem que trabalhar justo nessa mesma noite. Sarah, por outro lado, tem a missão peculiar de arranjar um presente para o pai: um relógio quebrado.
Enquanto acompanhamos a trama se desenrolar, a série dá pequenos indicíos de que há algo errado e que esse “dia comum” é só uma fachada para uma coisa grandiosa que está sendo construída. E quando o climáx finalmente chega, ele é sentido de uma forma que vale bastante a expectativa.
Algo bastante parecido com que temos ao assistir Clovefield – Monstro, filme de ficção científica onde uma câmera filma tudo o que se passa através da lente. Vagarosamente, percebemos que alguns detalhes no filme indicam que o perigo se aproxima dos personagens principais.
3. Quebrando corações logo no começo
Um dos maiores alertas que vamos dar para você que quer ser convencido a assistir TLOU é que a produção não vai pensar duas vezes em partir seu coração. Por isso, não se apegue a personagens, não torça por ninguém, não importa o que veja ou escute, não cometa esse erro. A franquia dos games é bastante conhecida por trazer altas emoções e se iguala no mesmo nível que outros tipos de jogos como Life is Strange.
Apesar disso, nada na série é apelativo com o intuito de fazer você chorar. É simplesmente o jeito como as coisas são e tudo flui de maneira orgânica desde as cenas de emoção (que não se demoram nem um pouco) a interações entre personagens. Sem monólogos, sem frases filosóficas e a ladainha presente em Grey’s Anatomy.
Em mundo pós-apocalíptico, não existe espaço nem tempo para se focar nos laços que as personagens constroem ao longo da história (apesar de acontecer de qualquer jeito). E pode parecer uma coisa muito sem coração de se dizer, mas esta é na verdade uma das belezas da produção.
4. Os estaladores
Caso nenhuma das coisas acima te interesse, fique despreocupado. Craig Mazin e Neil Druckmann criaram um mundo tão vasto que pode ser sentido mesmo em poucos episódios que The Last of Us compõe.
Existe um novo mundo, cheio de regras, facções, religiões, contrabando e perigos que prometem influenciar mesmo aqueles que se julgarem mais bonzinhos. Mas nada é mais fascinante quanto o que o vírus Cordyceps é capaz de providenciar. Uma vez infectado pelo fungo, o humano começa a ter tiques nervosos que indicam uma alteração no humor e na memória.
A partir daí, a menos que você seja imune, já é tarde demais, você é um monstro sem vida procurando fazer mal a quem estiver no seu caminho. Apesar de não enxergarem, a aparição desses monstros já rendeu uma das sequências de cenas mais tensas da série e deve entregar muito mais em breve.
5. Easter-eggs
Mesmo para quem não seja fã da série, uma das coisas mais deliciosas de se ver é o quanto a HBO está sendo fiel ao material original do jogo. A narrativa é exatamente igual, com algumas frases extraídas diretamente do jogo como a clássica de Sarah, que diz estar “vendendo drogas da pesada” ao ser questionada por Joel como conseguiu o dinheiro para consertar seu relógio.
Além da música de abertura e visuais fiéis aos personagens, existem momentos em que a câmera foca em cima do ombro de Joel como se a audiência pudesse realmente estar acompanhando o jogo ao invés de uma produção adaptada da franquia.
É claro que, como se trata de uma adaptação, algumas mudanças foram aplicadas, mas nada que altera a essência do universo do game. Ao invés disso, vemos um verdadeiro milagre acontecer quando essas personagens ganham mais espaço para demonstrarem suas histórias e motivações.
A relação de Joel e Tess, por exemplo, aqui ganha até mesmo uma declaração, algo que nos games sempre pertenceu mais a uma “área cinzenta”.
6. Ellie
Se o terror, a construção do primeiro episódio, o fator “quebrador de corações” e os horrendos estaladores não forem o suficiente para você, fique ao menos para ver Ellie.
Não é a toa que a personagem seja tão conhecida no universo dos games, já que é a subversão da famigerada “mocinha em apuros”. Corajosa, cética e com tons de ironia que irritam Joel, ela é muito mais do que um ponto que leva a história do A para o B, já que sua curiosidade com um mundo que jamais chegou a conhecer a deixam admirada todo tempo.
Interpretada por Bella Ramsey, a personagem chega depois de uma mais uma hora de duração do piloto da série, mas vale muito a pena. Isso porque Bella arrasa com uma atuação visceral de uma jovem perdida em meio ao mundo caótico. Ela é ousada, tenaz, ágil e tem um talento único para pegar as coisas no ar – motivo que vai aproxima-lá bastante de Joel ao longo da jornada que eles terão que travar juntos.
Existe também um mistério em torno da personagem que é tão interessante quanto lindo, e vale a pena acompanhar esse desenrolar de pertinho pela primeira vez na televisão.
7. Joel
Não vamos nos atrever a dar spoilers por aqui, mas Joel é um homem que passou por muita coisa. Lembra quando dissemos que nesse novo mundo as coisas presentes nele podem influenciar as pessoas presentes nele? Joel é uma delas.
Com uma forte inspiração no protagonista de Eu sou a Lenda, o personagem está em busca do seu irmão quando a responsabilidade de carregar Ellie por todo o Estados Unidos cai em seu colo, algo que ele não recebe exatamente de bom grado. Ele não é perfeito, possui muitas falhas, demônios e está se metendo até com gente que não presta, mas tudo por um prol maior.
Porém, depois de uma sucessão de acontecimentos, ele e Ellie chegarão a um ponto onde só poderão contar um com o outro – algo que promete despertar em Joel um sentimento que não rondava seu coração há anos.
A atuação de Pedro Pascal, mais conhecido por atuar em The Mandalorian e Game of Thrones, está excelente aqui, apesar de ainda estar bastante modesta. Não porque o ator esteja entregando um trabalho mediano, mas porque sua fama precede atuações gloriosas e emocionantes capazes de arrancar lágrimas dos olhos dos mais desavisados. Algo que ainda está para florescer em The Last of Us.
Essa foi a nossa lista de 5 motivos para assistir The Last of Us na HBO Max!
Lembrando que novos episódios chegam todos os domingos às 23h, tanto para o canal da HBO quanto para o serviço de streaming.
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