American Horror Story: saiba a história de cada temporada da série

Matheus Martins

American Horror Story é uma das séries mais longas da última década. Criada por Ryan Murphy, a produção é uma antologia que muda sua história a cada nova temporada, com enredos cada vez mais macabros e diferenciados.

Fantasmas, bruxas, demônios e até palhaços assassinos já passaram pela galeria de AHS, e com a décima segunda temporada tão próxima, o legado de uma das séries de terror mais conhecidas está longa de acabar.

Caso você nunca tenha tido tempo para conferir todas as temporadas, fique tranquilo que iremos te dar um resumo do enredo de cada uma delas!

1. Murder House

Na primeira temporada de American Horror Story, conhecemos a história de Violet, Vivien e Ben Harmon, uma família que teve que se mudar de sua antiga cidade natal após a infidelidade de Ben. Como uma forma de recomeçar de novo, eles alugam uma casa num bairro suburbano de Los Angeles e passam a viver as coisas mais estranhas.

A temática da temporada são os fantasmas. Diferente de seres rastejantes que puxam correntes e atravessam paredes, essas criaturas andam à luz do dia e podem interagir com qualquer um sem que perceba que se tratam de pessoas mortas. A maldição da casa, algo recorrente na mitologia da série, é a de que uma vez que alguém é morto num lugar, a casa ou residência passe a ser o local onde o espiríto fique preso até encontrar a paz.

E como boa parte dos espirítos estão longe de encontrarem o descanso, os Harmon ficam expostos a uma horda inteira dos piores seres humanos que já pisaram no lugar. A série faz alusão ao Anticristo em seus episódios finais, que se torna um persoangem importante em futuras temporadas.

2. Asylum

Já na segunda temporada, que recebe o título de “Asylum”, somos levados até a Massachusetts de 1960, mais precisamente até o Instituto Briarcliff, onde a jornalista Lana Winters decide investigar o tratamento dos pacientes no local. Não sabendo com quem está mexendo, a personagem acaba presa no lugar, vítimas dos maus tratos de Jude Martin, uma freira com um passado um tanto culposo.

A partir de um certo ponto, a série aborda o Homem do Machado, um assassino famoso na história dos Estados Unidos, e que aqui ganha uma grande e forte representação. Não é a temporada mais focada em slasher, se você for fã do gênero, e tem diabo, aliens e – mais uma vez – os doces fantasmas.

Jessica Lange e Sarah Paulson são as principais aqui, mas Evan Peters, que teve sua grande chance de brilhar, também é um personagem recorrente em boa parte do drama sofrido pelos personagens. Um dos pontos altos da temporada que impressionam é o fato dos episódios terem boa parte em Briarcliff, o que traz aquela atmosfera agourenta que nos faz torcer para que muitos daqueles que nos apegamos escapem vivos no final.

3. Coven

Chegamos a uma das temporadas mais favoritadas pelos fãs, a do Coven/Clã de Bruxas. Lançada em 2013, a personagem principal é Zoe Benson, uma jovem que descobre ser uma bruxa com o poder excepcional de matar seus parceiros durante o sexo. Após matar um namoradinho de escola, Zoe é enviada para a Academia de da senhorita Robichaux, e é aqui que a diversão começa.

Como o clã está praticamente extinto, cada bruxa que Zoe conhece tem um espaço amplo para apresentar seus poderes e suas habilidades. Temos Madison Montgomery, uma bruxa poderosa capaz de quase atingir o nível de uma Suprema, Misty Day, que pode ressuscitar pessoas de volta à vida, Queenie, uma necromante, e Nan, uma bruxa vidente.

As bruxas possuem uma grande richa contra Marie Laveau, a Rainha do Vodu que possui um histórico com a casa do clã, e boa parte da temporada vemos Fiona e Cordelia Goode, mãe e filha, lutarem pelo controle do clã de formas bem distintas. É uma das temporadas mais agitadas de AHS, com grandes confrontos, cenas e frases icônicas, e personagens tão queridos que chega a doer ter que dizer adeus a eles quando a temporada acaba.

Um dos ápices da temporada é o final, quando as bruxas são obrigadas a passarem pelo teste Seven Wonders para encontrar a próxima Suprema que assumirá o lugar de Fiona, que ficou corrupta e saciada pelo desejo de prolongar sua vida.

4. Freak Show

Em 2014, a série trouxe mais um de seus temas que seriam amplamente conhecidos: Freak Show, ou Swow de horrores. Murphy abraçou a temática, pintando o enredo em um dos únicos circos de aberrações circenses de 1952. A trupe de esquisitões, como a Mulher-Barbada, Anões e alterofilistas e as irmãs siamesas, Dot e Bette Tattler, que possuem características distintas apesar de dividirem o mesmo corpo.

Como todo show de American Horror Story, a série vem com um assassino: Twisty, um palhaço que faz vítimas durante a sua passagem pela cidade de Júpiter, na Flórida, e Dandy, um filho mimado que consegue ser ainda mais horroroso.

A cada novo episódio, a trama da temporada vai ficando cada vez mais sombria e atinge seu ápice de loucura com a aparição de Edward Mordrake, uma aberração amaldiçoada que vem sempre em uma noite do ano buscar uma criatura para compor seu time de espirítos.

5. Hotel

Se você já ouviu falar de Lady Gaga atuando em alguma série, essa provavelmente foi a quinta temporada de American Horror Story. A produção foi a estreia da cantora em uma produção para televisão como a Condessa, uma vampira fashionista que reina seu legado no Hotel Cortez, lar de várias assombrações e criaturas ainda mais horrendas.

É uma das temporadas que mais tentam reinventar o gore, mas que tiveram uma péssima recepção do público em questão de enredo. Ryan simplesmente saturou a imagem dos fantasmas, e mesmo tendo boas inspirações, como o Hotel Cecill e os horrores em filmes de hotéis, a trama acaba se perdendo com um final sem pé nem cabeça.

Ainda assim, o quinto ano proporcionou o retorno de Quennie, uma favorita dos tempos de Coven, e trouxe Evan Peters em um dos seus papéis mais icônicos, o assassino James Patrick March.

6. Roanoke

Roanoke já tinha dado as caras na primeira temporada da série, durante uma fala de Billie Dean Howard a Constance Langdon. Apesar disso, o subtítulo dessa temporada foi mantido sob sigilo por um bom tempo como uma estratégia de marketing – se você quiser acreditar nisso, é claro. Muitos fãs acusaram Murphy de estar sem ideias na época, o que voltaria acontecer com a temporada seguinte, Cult.

Mas a série até que impressiona por abordar um formato diferente, o de mocumentário, onde acompanhamos o casal Shelby e Matt começar a ser assombrado numa residência em Roanoke, Carolina do Norte, após a compra de uma casa. Seguindo bem o estilo diversificado, acompanhamos três linhas temporais: a de simulação da série, a parte real onde os personagens retornam a casa, e a última que mostra quem sobreviveu aos incidentes horrorosos em Roanoke.

Recheada de lendas, esse sexto ano aposta em um terror mais psicológico, que brinca com o gênero ao estilo Pânico e com muito sangue, bruxaria e ainda mais fantasmas. É a segunda temporada da série com a atriz Lady Gaga no elenco, e uma das mais icônicas após o sombrio passado deixado por Hotel.

Cult

Seguindo o exemplo de Roanoke, demorou muito para que os fãs soubessem do que a sétima temporada de tratava. Após o anúncio, se descobriu que a série iria se inspirar ao cenário de caos com a eleição do Presidente Donald Trump ao cargo de maior poder dos Estados Unidos. Ally Mayfair-Richards, a proprietária de um restaurante, tenta conter as fobias que o evento incindiram nela, ao passo que um cultista chamado Kai se prepara para atacar a cidade de Brookfield.

A temática de Cult é mais pé no chão, mas que aproveita dos velhos assassinos que aparecem em toda temporada da série para derramar muito sangue e gore. Ryan, sendo um homem gay de esquerda, aposta no clima político horroroso dos anos de 2016 até 2020 para adaptar o que deve ter sido uma das épocas mais difíceis de governo para os norte-americanos.

Quem também se lembra dos palhaços assassinos que viralizaram em vídeos por volta da mesma época da série vai entender vagamente a proposta dessa emporada.

Apocalypse

A oitava temporada da série é um grande crossover entre as temporadas 1 e 3, Murder House e Coven, e é centrada literalmente no apocalipse. O mundo está em chamas, completamente tóxico, e os únicos sobreviventes são colocados em uma misteriosa casa com estranhos. O anticristo – já alertado em outras temporadas – finalmente nasce e promete acabar com o mundo como uma forma de honrar seu pai, Lúcifer.

Embora os três episódios da temporada tragam uma trama nova e original, a partir do terceiro, com a chegada das bruxas de Coven, é começada uma guerra contra o clã de bruxas e o filho do diabo, Michael Langdon. Antes do confronto aguardado, vamso entender o que levou Michael a descobrir sua origem e as diversas traições que as bruxas sofreram dos feiticeiros, outro grupo mágico que planejava destronar Cordelia Goode do cargo de Surprema.

Embora seja um plot promissor, a série perdeu muito tempo (mas muito tempo meeesmo) em flashbacks e terminou a tão famigerada “guerra” em questão de minutos, o que desagradou muitos dos fãs. Ainda assim, vemos rostos familiares como Queenie, Madison, Violet, e várias das outras bruxas. A família Harmon também volta a aparecer, dando um desfecho a alguns dos personagens que não encontraram a paz nos eventos de Murder House.

1984

Em 1984, a série vira um completo slasher quando um grupo de campistas é atacado pelo jardineiro do local, que surta e passa a matar diversas pessoas no local. Emma Roberts é destaca da temporada que honra diversos slashers da época, em uma trama que fala de ocultismo, drogas e tudo mais.

É claro que os fantasmas voltam a ser o foco central, dessa vez com os campistas se tornando verdadeiros viciados em carnificina e vingança. É uma das temporadas amplamente elogiadas, por ter abraçado a bizarrice e o gênero de uma forma amplamente satisfatória, já que conta com um dos finais mais lindos de todos.

Double Feature

Após passar um ano sem uma nova temporada para AHS, Ryan Murphy divulgou a décima temproada da série, que seria dividida em duas partes, e em duas temáticas. A primeira, intitulada Red Tide, fala da busca por inspiração de um escritor sofrendo de bloqueio criativo que encontra uma fórmula arriscada de solucionar o problema. Já a segunda, Death Valley, traz de volta os aliens em uma trama que viaja do presente para o passado.

Red Tide

Red Tide começou bem, apresentando os vampiros ao estilo Nosferatu e os conflitos da família Gardner. É uma trama que tem história para contar, com seu conceito sendo amplamente o talento, e o que as pessoas estão dispostas a arriscar em troca dele.

Apesar do seu início promissor, essa primeira leva tem seu final um tanto agridoce, o que promete desagradar quem gosta de consistência e finais fechadinhos.

Death Valley

Depois, somos apresentados a trama de Death Valley, onde um grupo de jovens começam a se sentir estranhos após realizarem alguns experimentos. Já no passado, a chegada de um homem de outro planeta deixa os Estados Unidos apreensivos com suas reais intenções.

Diferentemente de Red Tide, a trama dos jovens é completamente entediante, com atuações caricatas e cansativas, além de enredos confusos e horrorosos.

NYC

Em NYC, a décima primeira temporada de American Horror Story, e também a mais recente, somos levados até 1981, onde a comunidade LGBTQIAP está lidando com um assassino em massa. Cabe então aos namorados Patrick e Gino solucionarem o caso, ao passo que tentam sobreviver e entender quem está por dentro das mortes.

É outra temporada de AHS que lida com tramas em ambientes mais reais, e realmente tem uma tonalidade mais sombria, uma paleta de cores frias e personagens mais em conflito do que nunca. O costumeiro elemento ASSASSINO X FANTASMA agora é fundido em apenas um, para contar uma trama com ares e inspirações diretas na cultura que descobriu o vírus do HIV.

Quem for fã de uma trama mais investigativa vai se sentir servido de prato cheio em uma trama que desenrola em um grande e alargado mistério com requintes sobrenaturais.

American Horror Stories

Em meio a divulgação de Double Feature, Murphy revelou mais uma série, o spin-off de AHS intitulado American Horror Stories. Apesar de muito parecida com a trama da série original, essa antologia funciona com episódios em histórias diferentes, ampliando assim a fórmula emprestada de Ryan e Falchuk.

Como não tem uma história exatamente própria, essa produção pode ser acompanhada de forma livre, sem uma necessidade ordenada de episódios. Ainda assim, os dois primeiros episódios da primeira temporada são ligados a Murder House de forma direta, e provavelmente são passadas no mesmo universo da icônica primeira história de AHS.

Delicate

A próxima temporada de AHS é Delicate, décima segunda temporada da série que se baseará no romance Delicate Condition da escritora Danielle Valentine. A temporada será um horror com muito misticismo e terror psicológico com Emma Roberts novamente numa trama central, acompanhada da atriz Cara Delavigne e a influencer e modelo Kim Kardashian.

Confira a sinopse oficial da série:

Anna Alcott está desesperada para ter uma família. Mas enquanto ela tenta equilibrar sua vida cada vez mais pública como atriz independente com uma cansativa jornada de fertilização in vitro, ela começa a suspeitar que alguém está fazendo de tudo para garantir que isso nunca aconteça. Medicamentos essenciais são perdidos. Os compromissos são trocados sem o conhecimento dela. Avisos enigmáticos a fazem pular nas sombras. E apesar de tudo que ela passou para tornar esta gravidez uma realidade, nem mesmo o marido está disposto a acreditar que alguém esteja jogando jogos distorcidos com ela.

Então seu médico diz que ela teve um aborto espontâneo – exceto que Anna está convencida de que ainda está grávida, apesar de tudo que os homens sérios ao seu redor afirmam. Ela pode sentir o bebê se movendo dentro dela, pode ver a tensão que está exercendo sobre seu corpo enfraquecido. Avisos vagos tornam-se ameaças diretas quando alguém a persegue pela sombria cidade fantasma dos nevados Hamptons. À medida que seus sintomas e sua sensação de perigo se tornam cada vez mais horríveis, Anna não consegue deixar de se perguntar o que exatamente ela carrega dentro de si… e por que ninguém vai ouvir quando ela diz que algo está terrivelmente e dolorosamente errado.

Todas as onze temporadas de American Horror Story e as duas de American Horror Stories estão disponíveis no serviço de streaming da Star Plus.

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