Apple, Disney e mais de 100 empresas deixaram de anunciar no X (antigo Twitter) após Elon Musk endossar uma teoria de conspiração antissemita em sua rede social durante o mês de novembro. A reação das empresas ao comentário de Musk pode fazer com que o X perca até US$ 75 milhões, cerca de R$ 367 milhões, em receitas publicitárias até o final de 2023.
Segundo documentos da equipe de vendas do X, aos quais o The New York Times conseguiu acesso, a situação da rede social é mais complicada do que se imaginava. Após IBM, Apple e Disney abandonarem suas campanhas publicitárias na rede social na última semana, outras gigantes como Amazon, Coca-Cola e Microsoft resolveram seguir pelo mesmo caminho.
Você precisa ver:
Além das empresas que já interromperam suas ações publicitárias no X, existem ainda grandes marcas que mostram a intenção de repetir o gesto nos próximos dias, com os documentos da equipe de vendas mostrando mais de 200 blocos de anúncios que podem ser afetados.
X diz que os números estavam desatualizados
De acordo com o X, US$ 11 milhões (R$ 54 milhões) em receitas estavam em risco, e o número foi modificado com o aumento de gastos e retorno de anunciantes para a plataforma. O X afirmou que os números acessados pelo The New York Times estavam desatualizados ou exibiam um exercício para avaliar o risco total.
O antigo Twitter tem enfrentado problemas desde a aquisição de Elon Musk por US$ 44 bilhões em 2022, o que fez com que muitas marcas passassem a mostrar mais cautela com a rede social. A publicidade da plataforma nos Estados Unidos caiu quase 60% neste ano, com marcas mostrando preocupação devido ao comportamento polêmico de Elon Musk e suas decisões.
A situação do X se tornou ainda mais complicada neste mês, quando o proprietário da rede social afirmou acreditar na teoria da conspiração de que o povo judeu apoia a imigração de minorias para substituir populações brancas. Desde então, muitas marcas estão promovendo o boicote de publicidade.
O X atualmente realiza uma campanha para fazer com que os anunciantes retornem durante o período de férias, tendo como objetivo alcançar algum tipo de compensação nas quedas nas receitas no começo do ano.