Crítica | “Five Nights at Freddy: O Pesadelo Sem Fim” supera às expectativas mesmo com terror clichê

Matheus Martins

Aguardado como um dos filmes de terror mais esperados do segundo semestre, Five Nights at Freddy’s é a adaptação da franquia de jogos infantis de terror criada por Scott Cawthon, que virou uma febre na década de 2010 e hoje conta com mais de 9 jogos canônicos da saga que podem ser jogados via mobile e PC.

Nesta adaptação da Blumhouse, a história mais famigerada dos jogos ganha vida no live-action, onde acompanhamos Mike Schmidt (Josh Hutcherson) ter que sobreviver a uma noite com os terríveis Animatronics, que ganham vida à noite e se comportam de maneira estranha.

Nós do Pixel Nerd conferimos o filme e vamos dar a nossa opinião sobre esse mais novo terror!

Em FNAF, acompanhamos Mike, um ex-segurança de shopping que precisa de um novo emprego após surrar uma pessoa inocente durante um mal entendido. Ele aceita qualquer tipo de vaga, desde que possa ter o suficiente para cuidar de sua irmã mais nova, Abby (Piper Rubio) e evitar as garras de sua tia cruel, que está lutando para pegar a guarda da garota.

Ao contrário do que pensa o conselheiro de empregos interpretado por Matthew Lillard (o Stu de Pânico), Mike possui um belo motivo para ter cometido tal feito, já que quando era criança, acabou vendo seu irmão sendo sequestrado, o que o deixou traumatizado para sempre.

Sem escolhas, Mike aceita trabalhar no Freddy Fazbear’s Pizza, um lugar fechado há anos e que precisa de um vigia noturno. O agente de empregos conta a história do lugar e Mike começa a achar tudo estranho, conforme sonhos esquisitos sobre seu irmão passam a assombrá-lo durante o turno.

Seguindo um exemplo bem diferente de Exorcista: O Devoto, outro filme da Blumhouse que chegou às telonas neste ano, Five Night at Freddy’s supera às expectativas colocadas em cima da sua história, proporcionando uma ideia que soa original, mesmo que o material pelo qual seja inspirado tenha uma fama crescente.

Os pontos vão para a história, que apesar de soar um pouco clichê, segue fielmente ao que se propõe, um terror com fantasmas e máquinas que não tenta ir longe disso ou enganar a audiência uma nostalgia vendida. O visual dos animatrônicos em si, está estupendo de bom, sem apelar para os CGI de estilo Marvel que estão acabando com a qualidade das produções.

Independente do silêncio que as criaturas fazem, e de uma série de mortes previsíveis que tomam um determinado tempo do filme, a atuação de Hutcherson, que já havia sido elogiada por Emma Tammi, se entrega nos momentos de tensão, nos suspiros de exasperação que o ator tenta emular para seu personagem. Nada comparado ao Peeta da aclamada saga Jogos Vorazes, já que o roteiro exige dele uma atuação mais contida e apoiada pelas histórias paralelas que o filme precisa desenvolver.

Lá para o terceiro ato, a história realmente larga de mão do senso de criatividade, mas como é dito antes, está trabalhando dentro de onde se propôs. É uma produção curta, com suas 1 hora e quarenta minutos que passam voando, então se você for fã daqueles mistérios bem elaborados ou de slasher e longas de pós-terror que arrastam suas mortes e acontecimentos ao ponto do público não saber o que esperar de você, esse não é um filme para você.

Uma das cenas que prometem não sair da cabeça do público é bem para o final, durante um confronto final contra o Coelho Amarelo, que entrega um dos jump-scares mais assustadores do filme, seguida por uma menção a um elemento conhecido conhecido dos jogos: a imortalidade de afton, que entrega que talvez se a estreia do live-action for realmente boa nas salas de cinema, não devemos demorar a ver uma sequência.

Filme: Five Nights at Freddy’s – O Pesadelo Sem Fim

Direção: Emma Tammi

Elenco: Josh Hutcherson, Matthew Lillard, Elizabeth Lail, Piper Rubio, Kat Conner Sterling, Mary Stuart Masterson.

Nota: 10,00

Five Nights at Freddy’s está em cartaz nos cinemas.

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