Crítica: | “Resistência” é ficção-científica deslumbrante mesmo com pouco orçamento

Matheus Martins

Um filme de ficção-científica do mesmo criador de Rogue One chegou aos cinemas recentemente, Resistência, que nos Estados Unidos era divulgado pelo nome “The Creator”, protagonizado por John David Washington e com direção de Gareth Edwards.

Na trama, a Inteligência Artificial (IA) passa a ser perseguida pelos humanos após um incidente envolvendo uma explosão que choca a humanidade. Em 2060, uma ordem para parar de vez as máquinas no ocidente do mundo, onde há uma grande concentração de IAs vivendo de forma colonial, transforma o mundo em um palco para a guerra entre máquina e humanos.

No centro dessa narrativa, se concentra Joshua (David Washington), um infiltrado do Governo dos Estados Unidos que trabalho nas linhas inimigas. No meio da missão, Joshua se apaixona por Maya, uma humana criada pelos robôs que acaba por morrer após um ataque na base deles na Nova Ásia.

Depois de ser enganado sobre o desfecho de Maya, Joshua é recrutado novamente para detectar uma arma secreta criada por uma secreta promete virar o jogo das máquinas. Joshua aceita a missão, mas apenas com uma condição: a de ver Maya novamente.

Só com essa premissa, a trambha se desenvolve numa clássica aventura sci-fi com requintes de ação, sequências de perseguição e um belo dignk das salas de cinema.

Sem eufemismo, foram U$S 80 milhões de dólares investidos no longa que mesmo comparados aos 200, 300 milhões da Marvel e outros estúdios, entregam tudo que uma cinemática precisa com imagens realistas sem o grotesco CGI de tela verde.

No que diz respeito ao roteiro do filme, alguns aspectos poderiam ser melhorados como a montagem de algumas cenas que criam uma bagunça temporal que corta o clima desejado para o projeto. Quem sai perdendo é a audiência que não têm a oportunidade de achar uma trama capaz de segurar sem malabarismos do roteiro em revisitar o papel principal que a história aplica em sua própria linha do tempo atual.

Embora Resistência tenha uma trama que não te deixa respirar por um segundo, é dificultuoso ver que a direção de Edwards não dá o espaço necessário para que as coisas se desenvolvam de forma orgânica.

Em uma sequência na cena final, é descoberto que uma morte é falsa num intervalo de quinze segundos, para logo depois Joshua começar a salvar o dia com uma solução mais fácil do que a outra.

Resistência foi um daqueles filmes lindos de se ver, mas que infelizmente pecam na trama que não se sustenta até chegar ao seu final.

Filme: Resistência

Direção: Gareth Edwards

Elenco: John David Washington, Madeleine Yuna Voyles, Gemma Chan, Ken Watanabe, Allison Janney.

Nota: 6,00

Resistência está em cartaz nos cinemas.

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