Essa série parecida com American Horror Story é bem diferente das outras produções de Ryan Murphy

Matheus Martins

Ryan Murphy ganhou muito sucesso com a explosão de American Horror Story. A série antológica apresenta diferentes contos norte-americanos com histórias diferentes que mudam a cada temporada.

E, muito embora essa característica não seja única já que tem tanto em comum com outras produções como Black Mirror e True Detective, a tática de repetir o elenco em papéis divergentes toda vez se tornou uma marca do diretor e produtor.

Mas, você sabia que essa não é a única série nesse estilo que Ryan possui em seu currículo? Em 2016, o produtor despontou com uma série que apresentava a mesma pegada de Horror Story, American Crime Story.

A primeira temporada, subtitulada “The People v. O. J. Simpson”, apresenta o julgamento da acusação de assassinato de O. J. Simpson, com base no livro de Jeffrey Toobin, “The Run of His Life: The People v. O. J. Simpson”.

A segunda temporada, subtitulada “The Assassination of Gianni Versace”, explora o assassinato do estilista Gianni Versace cometido pelo assassino em série Andrew Cunanan, com base no livro de Maureen Orth, “Vulgar Favors: Andrew Cunanan, Gianni Versace, and the Largest Failed Manhunt in US History”.

Por fim, a terceira temporada, subtitulada “Impeachment”, aborda o impeachment do 42º Presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, por acusações de perjúrio e obstrução da justiça e seu infame caso extraconjugal com Monica Lewinsky, baseado no livro escrito por Jeffrey Toobin, intitulado “A Vast Conspiracy: The Real Story of the Sex Scandal That Nearly Brought Down a President”

Como o próprio nome diz, American Crime Story (ou História Criminosa Americana) focava em casos criminais e famosos dos Estados Unidos, principalmente aqueles que geraram grande comoção pública na cultura norte-americana.

Em Horror Story, a pegada é um pouco similar, já que tem diversas referências a casos criminais conhecidos como o da Dália Negra, Estripador Assassino ou o Homem do Machado. Isso sem falar dos famosos assassinos que representam vilões secundários a cada temporada.

A única diferença para com a produção principal, é que já em “Crime” o diretor não sustenta uma trama cem por cento apoiada no sobrenatural. Não existem fantasmas nessas históriaa, bruxas ou o Anticristo ressurgindo em um apocalipse bem blasé.

Mesmo antes de Dahmer, Murphy se especializou em contar casos de conhecimento geral com uma produção e abordagem completamente imersiva, além de ter um time de atores fiéis que se destacam em cada novo papel.

O site GQ afirmou que Criss encontrou seu papel da vida ao interpretar Cunanan, e que ele mostrou uma profundidade e uma complexidade que nunca havia demonstrado antes.

Já a Variety elogiou a capacidade de Criss de retratar as diferentes facetas de Cunanan, desde sua charmosa manipulação até sua violenta raiva. A crítica disse que Criss foi impressionante ao mostrar a evolução do personagem ao longo da série.

De todas as três temporadas, apenas uma ganhou grande repercussão: American Crime: Versace.

Estrelada por Darren Criss, Édgar Ramirez, Penélope Cruz e o cantor Ricky Martin, a temporada de 2018 trouxe a morte de Gianni Versace nas mãos de Andrew Cunanan, um assassino que ficou obcecado pelo modo de vida do estilista.

No 70º Primetime Emmy Awards, recebeu o maior número de indicações, sendo nove, e ganhou três prêmios, incluindo Melhor série limitada e Melhor ator em série limitada pela atuação de Darren Criss.

No 76º Golden Globe Awards, foi indicada a quatro categorias, incluindo Melhor minissérie ou filme para televisão, e venceu duas, sendo Melhor ator em minissérie ou filme para televisão para Darren Criss e Melhor minissérie ou filme para televisão.

No 24º Critics’ Choice Television Awards, foi indicada a cinco categorias, incluindo Melhor série limitada, e venceu quatro, sendo Melhor ator em série limitada para Darren Criss, Melhor atriz coadjuvante em série limitada para Penélope Cruz, Melhor ator coadjuvante em série limitada para Finn Wittrock e Melhor série limitada.

No 25º Screen Actors Guild Awards, foi indicada a três categorias, incluindo Melhor elenco em minissérie ou telefilme, e venceu uma, sendo Melhor ator em minissérie ou telefilme para Darren Criss.

Terceira temporada foi sobre o infame caso entre Monica Lewinsky e o Impeachment de Bill Clinton

A série não deve jamais ser confundida com American Crime, uma série da ABC Family que estrelou em 20 e que bebia da mesma fórmula para fazer sucesso.

las têm algumas semelhanças, como o formato antológico, o gênero de drama criminal e o foco em casos reais que chocaram a opinião pública. No entanto, elas também têm diferenças importantes, como os criadores, os canais de exibição, os elencos e as histórias abordadas.

Crime apresenta três temporadas que exploram temas como raça, classe, gênero e direitos individuais, a partir de crimes que afetam a vida de diferentes pessoas em diferentes contextos sociais. A série não é baseada em casos específicos, mas sim em situações fictícias inspiradas na realidade.

American Crime Story 4ª Temporada?

A quarta temporada de American Crime Story ainda não tem data de estreia, mas já foi anunciada pelo canal FX. Ela vai se chamar Studio 54: American Crime Story e vai contar a história de Steve Rubell e Ian Schrager, os donos da famosa discoteca de Nova York que foi palco de festas luxuosas, música, sexo e drogas nos anos 70.

A série vai mostrar como eles transformaram o Studio 54 em um ícone da cultura pop, mas também como eles foram presos por sonegação fiscal e tiveram que vender o negócio. A produção vai se basear no documentário Studio 54, lançado em 2018.

No entanto, ainda não há informações sobre o elenco ou a equipe criativa da nova temporada há mais de dois anos.

Você pode conferir as três temporadas de American Crime Story no Star Plus.

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