“Gen V” | Crítica da primeira temporada da derivada de The Boys

Matheus Martins

A série derivada de The Boys finalmente chegou ao fim com sua primeira temporada. Com oito episódios, conhecemos um outro universo da série principal onde os jovens sups frequentam a Godolkin, uma escola especializada para heróis onde eles podem se destacar e ganhar a chance de se juntarem aos Sete.

Tudo que se pode ser dito sobre a produção é que ela se iguala ao material de fonte, com direito a sangue, cabeças explodindo e muita, muita conspiração.

Assim como todo mundo, conferimos a série semanalmente e temos nossa opinião sobre o primeiro ano da derivada de The Boys. Confira!

Gen V é muito boa. Ao ponto de esquecermos às vezes que se trata de um material com uma origem própria e ficarmos maravilhados com a quantidade de personagens apresentados e a facilidade com que nos conectamos a eles de primeira. Seja pelo drama vivido por Marie, que só quer um lugar para se ajustar, ou Emma, que apesar de ter os próprios distúrbios, tem sua própria personalidade que a torna uma “sidekick” muito empolgante para ser esquecida.

É claro que não podemos deixar de falar dos poderes. Além de serem interessantes, a forma como os episódios roteirizados e dirigidos trabalham com as diferentes habilidades de cada personagem tornam cada episódio peculiar; tem sempre uma saída de mestre, uma piada interna, uma sacada inteligente e irônica que traz sal para Gen V e que falta bastante em muitas séries.

Alguns vão querer argumentar que por tentar incluir novos fatores e um pouco da atualidade (estamos falando de personagem Jordan, que ambos os dois gêneros) é um problema que atrapalha a série de se tornar divertida, mas na realidade esse aspecto traz um elemento próprio para Gen V e afasta a sombra que só uma série popular como The Boys causar.

Talvez a única coisa capaz de reclamar é que a série é muito curta – e possui um momentum final mais curto ainda. Além de levantar aquele sentimento que ninguém é confiável, assim como a protagonista, os perigos culminam para o final de cada episódio, que possui um gancho mais poderoso que o outro. O favorito desse redator que vos fala, inclusive, é o episódio quatro, onde todos os personagens sofrem um apagão e a série corta para um momento onde Marie acorda na cama sem se lembrar de nada. Como foi bom teorizar o que estava acontecendo. Como foi bom acertar a cada nova teoria!

De uma forma que não soa muito clichê como os filmes da Marvel, nem muito séria como um longa de Zack Snyder da DC, a produção fala sobre o corruptível da bondade num mundo que não vê esperanças em se livrar de seus algozes e seus podersos inimigos de colarinho branco que regem o mundo.

Com tantos erros que a série poderia ter, ver ela acertando em tudo que The Boys foi capaz de alcançar quando lançou pela primeira vez no streaming em 2019 é muito bom. E imaginar que uma segunda temporada já está a caminho é melhor ainda.

Série: Gen V

Direção: Eric Kripke

Elenco: Jaz Sinclair, Lizze Broadway, Patrick Schwarzenegger, Chance Perdomo, London Thor, Derek Luh, Maddie Phillips, Marco Pigossi, Shelley Conn, Asa Germann.

Nota: 10,00

Gen V está disponível com sua primeira temporada completa na Prime Video.

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