Os jogos mais surpreendentes feitos em Unreal Engine

Matheus Martins

A Epic Games tem trilhado um longo caminho promissor dentro do mundo gamer. Seu desenvolvimento em jogos como Fortine e Gears of War é considerado um feito de sucesso até hoje por muitos fãs dessas franquias. Porém, a empresa não se limita apenas a isso. Graças a Unreal Engine a engenharia usada na criação de games tem sido elevada a outro nível, deixando jogos mais realistas e até dando oportunidade para qualquer um criar seus próprios jogos com o código C++.

Mas nem sempre foi asim. A história da Unreal é grande e hoje decidimos listar alguns dos jogos mais surpreendentes e marcantes dessa história. Confira abaixo!

1. Unreal (1998)

Inaugurando a mecânica de sucesso da Epic Games que bombaria anos mais tarde, Unreal foi pioneiro na rodada de chave que revolucionou o universo gamer, e o fato de conter o mesmo nome da engine tópico desse artigo não poderia passar despercebido, muito menos deixar de ser incluído nessa lista.

O game é um shooter em primeira pessoa que conseguiu chegar a 1, 5 milhões em vendas no ano de 2002, um feito que é bastante impressionante só para a época e abriu as portas para melhorias gráficas e de qualidade audiovisual que seriam referência na busca por aprimoramentos aos lançamentos de décadas seguintes.

O jogo segue o prisioneiro chamado apenas “849” a bordo de uma nave com detentos, a Vortex Rikers. Quando Vortex acaba presa em um planeta desconhecido, não demora até que eles descubram que uma raça alienígena dotada de inteligência e armamento está subjugando a raça original do planeta. Sendo o único sobrevivente humano, 849 viaja pelas terras desconhecidas desde facilidades a castelos dominados pelas criaturas em uma verdadeira aventura FPS.

Graficamente, Unreal se destacou por melhorar consideravelmente jogos com gráficos em 3D. Isso porque foi um dos primeiros do seu tempo a utilizar a estruturação detalhada como forma de dar mais densidade a superfíceis envolvendo cenários e elementos materiais. Antes disso, personagens também não eram trabalhados com tanta densidade característica e paisagens sem nenhuma demografia relevante, algo que Unreal conseguiu mudar com suas paisagens surreais de um planeta desconhecido.

Por incrível que pareça, os jogos em primeira pessoas datados dessa época já utilizavam da unreal antes da estreia desse jogo, mas careciavam de tantos aprimoramentos.

2. America’s Army (2002)

Criado pelo exército e visto como uma das maneiras do Pentágono de estimular mais jovens a se alistar, America’s Army foi o primeiro jogo a inovar com a UE2. Chamado de Exército dos Estados Unidos o game FPS multiplayer foi um marco para a década. Em uma total inovação do código da Unreal, o game obteve suporte para o Playstation 2, Gamecube e Xbox.

Centrado em uma jogabilidade onde times competem até que todas as missões sejam concluídas – ou que o time adversário seja devidamente eliminado – o jogo alcançou um grande nível de realismo na representação visual e sonora de combates na guerra. Embora alguns critícos tenham apontado que o título falhou em apresentar condições de uma guerra em tempo real, muitos usuários alegaram terem usados as táticas aprendidas no jogo para salvar vidas no mundo real.

Porém o game não foi bem visto muito bem por muitos olhos no lançamento e muitos apontam essa visão pelo fato de ter sido lançado em menos de um ano após os acontecimentos do 11 de setembro, levantando a hipótese de que os EUA pudessem estar estimulando um armamento nacional. Se é real ou não, o que sabemos sobre America’s Army é que o jogo será encerrado no dia 5 de maio desse ano ficando disponível apenas para servidores privados para PC.

3. Gears of War (2006)

Gears of War é um jogo desenvolvido pela própria Epic Games e publicado pela Microsoft no ano de 2006 e é um dos títulos considerados melhores games do mundo, além de ter ganho em torno de 30 prêmios de “Melhor Jogo do Ano” no ano de estreia. Suas sequels são conhecidas em todo o universo gamer e o jogo já está sendo considerado para o cinema com uma possível participação do ator Dwayne “The Rock” Johnson.

Com uma jogabilidade de tiro em terceira pessoa, o design de Gears of War foi especialmente centrado para rodar no novo Xbox 360 (novo para a época) com resolução de 720p e requintes de realismo e visual claridade que ajudaram a reforçar o argumento do suspense no FPS. A inovação da Engine ajudou a Epic Games a dobrar a memória do jog ode 256 MB para 512 MB.

Inspirado em diversos jogos como Zelda e Resident Evil em termos de lore, o game conta a história de um grupo de soldados que precisam conter uma invasão de alienígenas armados. O jogo também foi um dos responsáveis por abrir a engenharia da Epic Games, a Unreal Engine 3, para vários jogos de sucesso que ainda possuem grande relevância no cenário gamer atual como Batman Arkham, BioShock, Borderlands, Life Is Strange além de outros.

4. Fortnite (2017)

Lançado embaixo do motor da própria desenvolvedora, a Epic Games, Fortnite não só inovou em quesito gráfico como também é um dos jogos sinônimo de battle royale. Colorido, frenético e, mais importante, divertido, o game foi o escolhido para rodar em primeira mão a sua versão Save The World com a Unreal Engine 4.

Tendo seu extenso desenvolvimento atrasado para trocar a UE3 pela UE4, o game renovou todos os quesitos trabalhados em títulos estreados em engenharias anteriores promovendo um jogo mais cartoonish e um RPG mais denso com som melhores, gráficos altamente explosivos e extensão de recursos de memória e jogabilidade. Ainda por cima, o suporte tanto para consoles, como PC e aparelhos de Android ou IOS mudou as regras de qualquer battle royale podendo trazer elementos de jogabilidade no celular podendo serem transportados para o computador.

Em constante atualização, Fortnite também traz personagens de outras franquias como os heróis da Marvel e o Ezio de Assassin’s Creed completamente jogáveis dentro do ambiente de fortificação e construção da plataforma, promovendo assim uma jogabilidade tanto multiplayer como crossplayer.

5. The Matrix Awakens (2021)

The Matrix Awakens foi o jogo demo lançado no ano passado que apresentou a nova geração do motor gráfico da Epic Games. Enquanto Matrix não é uma franquia nova para ínumeras pessoas, nem seus atores, nem seu quarto filme que não agradou a critíca, o que dizer sobre a demo? Ela revela tudo que podemos esperar de inovação para jogos de 2022 e 2023. Ray tracing, nanite, chaos são só alguns dos muitos mecanismos com que poderemos contar.

Indo além da qualidade gráfica que é capaz de imitar expressões faiciais, o gameplay demonstrou uma técnica de luz feita pela Ray Tracing tão perfeita que é capaz até de soar como a do mundo real em questão de iluminação, evocando sombras e trazendo níveis frios e quentes de brilhosidade. A densidade de objetos e coisas também não fica para trás na enormidade da engenharia já que aliado ao Lumen, o Nanite é capaz de apresentar detalhes infinitos, apresentando uma grande escala profunda geométrica. E se nenhum desses detalhes parecem impressionantes, tente o Chaos – essa mecânica reproduz cenas de impacto do jogo, como um acidente de carro ou uma perseguição de maneira completamente diferente da anterior, trabalhando na física densa e veloz de detalhes do game.

Apesar de não ser um jogo inteiramente formado, Awakens foi o pontapé para a introdução de diversos games que sairão esse e no próximo ano como Hellsblade 2: Senua’s Saga, Hogwarts Legacy, Redfall, Black Myth: Wukong, S.T.A.L.K.E.R 2 – Heart of Chernobyl, o mais novíssimo Hell Is Us anunciado recentemente além de outros.