Microsoft estuda mexer em políticas de reparos para que os consumidores repararem seus próprios hardwares

Redator Pixel

Prédio empresarial da Microsoft | Divulgação/Microsoft

Após pressões do FTC (Federal Trade Comission), um órgão que garante a competitividade entre empresas e os direitos dos consumidores nos EUA, a Microsoft está estudando formas que possibilitem que seus consumidores consertem seus hardwares, como Xbox, controles, etc, tudo por conta própria.

No primeiro semestre deste ano, a FTC atacou fabricantes, principalmente da área de tecnologia, que limitam ou dificultam propositalmente os usuários a consertarem seus produtos, dizendo e listando que é uma manobra anti-competitiva, traz impactos negativos em pessoas de baixa renda e de cor, além dos impactos ambientais causados pela prática. O movimento ficou conhecido como “O Direito de Consertar”, e propõe atitudes como enviar peças sobressalentes para os consumidores, eliminar peças e componentes propositalmente complexos, para dar espaço para os consumidores.

Manifestação a favor do movimento "Direito de Consertar" | Divulgação/repair.eu
Manifestação a favor do movimento “Direito de Consertar” | Divulgação/repair.eu

De acordo com a Grist, a Microsoft, junto da As You Sow estaria estudando alterar suas políticas de reparo, após pressões de acionistas e investidores, onde segundo o site, “Esta é a primeira vez que um fabricante norte-americano concorda em alterar suas políticas de reparo após pressão do investidor.”. A empresa também concordou que colocaria em prática as atitudes definidas com a conclusão do estudo, caso haja vantagens para ela.

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O movimento é extremamente ligado a questões ambientais, visando permitir que os jogadores possam consertar seu hardware, já que normalmente, segundo os argumentos a favor desse direito, as pessoas jogam fora o que quebrou e compram outro equipamento, produzindo ainda mais lixo.

Comunicado da ESA associação comercial da indústria de videogames nos Estados Unidos | Divulgação/theesa
Comunicado da ESA associação comercial da indústria de videogames nos Estados Unidos | Divulgação/theesa

Já a associação comercial da indústria de videogames nos Estados Unidos (ESA) deixou clara sua posição contra o movimento. Em um comunicado a associação destacou diversos pontos contra o direito, já que, ao permitir e facilitar que os usuários acessem as suas “medidas de proteção tecnológicas” (TPMs), os fabricantes colocariam em risco as informações do consumidor e do próprio sistema, atualizações de sistemas seguras, facilitaria ataque de hackers além de possibilitar ainda mais a pirataria de jogos nos consoles. Você pode ler o comunicado completo aqui.

A associação também apontou que os apoiadores do “Direito de Consertar” exageram nas questões ambientais e que “Ao contrário de outros dispositivos que podem ter ciclos de vida curtos, os consoles de videogame são jogados por anos e muitas vezes mantidos por gerações”.

Isso leva a Microsoft a um grande impasse, mas se a campanha se mostrar positiva, é muito provável que vejamos essas medidas a favor de reparos pelo próprio consumidor em prática por muitas empresas nos próximos anos, principalmente pela Microsoft concordar com o direito, o que provavelmente irá levar muitas empresas a fazerem o mesmo.

Fonte: VGC