Os 16 Melhores Filmes do ano de 2023

Matheus Martins

É o fim do cinema; quer dizer, ao menos para aquela parcela que conferiu todos os grandes lançamentos de 2023. Com um ano marcado por estreias, novidades e sequências, alguns projetos se destacaram muito mais do que a maioria, e fizeram suas entradas de mês em mês extremamente significativas.

Um grande exemplo disso foi o fenômeno Barbenheimer, acontecido em julho deste ano e que levou diversas pessoas a escolherem entre duas seções de filmes, Barbie de Greta Gerwig, e Oppenheimer de Christopher Nolan. Ambos os filmes lotaram as bilheterias de cinemas pelo mundo e conseguiram marcos gigantescos, como encabeçar a lista em indicações importantes do cinema do ano.

Porém, não somente esses dois gigantes longas se destacaram. Alguns filmes foram avaliados especificamente pela nossa equipe de redação do Pixel Nerd e conseguiram um lugar especial e carinhoso na lista de 16 melhores filmes do ano de 2023. Caso queira saber a nossa lista seleta de produções, continue lendo o artigo abaixo para conhecer nosso rank.


16. A Morte do Demônio – A Ascenção

A icônica franquia criada por Sam Raimi como um projeto entre amigos nos anos 80 finalmente ganhou uma sequência atual de peso. O filme A Morte do Demônio – A Ascenção é o reboot da icônica saga estrelado por Alyssa Sutherland e Lily Sullivan em uma mais nova imaginação desse horrendo universo.

Na trama com direção de Lee Cronin, duas irmãs separadas ao longo dos anos se reveem após uma delas precisar de ajuda. Na mesma noite, os filhos de Ellie liberam um mau maligno e antigo que passa a possuir cada integrante dessa família em um condomínio decadente em Los Angeles que logo se torna palco para uma série de mortes.

Com muitos efeitos visuais gráficos e uma entrada de títulos que ficará marcada para sempre na história do cinema, o filme acerta nas atuações e eleva o horror e o terror ao bom e velho estilo slasher com uma pitada demoníaca. O terror é sentido nas vísceras, e não somente entre vultos e aparições.

15. Homem-Aranha: Através do Aranhaverso

O próximo filme da lista é a sequência da história de Miles Morales, o outro Homem-Aranha do Aranhaverso. Na continuação do filme de 2018, Gwen transporta Miles através do Aranhaverso onde o personagem não somente se envolve com mais variantes como também aprende que a regra máxima para se viver como um teioso é deixar as coisas seguirem o seu curso, mesmo tragédias inevitáveis.

Tendo a veia de um super-herói em seu sangue, Miles se revolta contra a “ordem natural das coisas” e escolhe ir de contra essa regra, provocando a fúria de Miguel O-Hara, o Homem-Aranha 2099, que começa uma perseguição ao garoto.

O filme consegue superar seu antecessor não somente na trama, mas na intensidade e na brincadeira artística com algumas das cores. O desfecho do filme, que abre ponte para uma terceira parte, é um dos mais bem-avaliados de um filme de Homem-Aranha ao longo dos anos.

14. Guardiões da Galáxia Vol. 3

Dito como o filme que salvou a Marvel neste ano, Guardiões da Galáxia Vol. 3 é a conclusão da história dos heróis dirigidos por James Gunn, que agora migrou para a DC para reestruturar o universo de heróis concorrentes ao MCU.

Na história, Peter Quill está lidando com a morte da sua Gamora se afogando em bebidas, e mesmo apesar de contar com a ajuda dos seus amigos, parece longe de ficar bem. É quando Rocket é atacado por um misterioso ser cheio de poder que os Guardiões devem se reunir em uma missão pelo espaço para salvar o amigo e entender a sua origem com o Alto Evolucionário, um vilão cientista em busca da perfeição.

Além de ser um dos melhores filmes de heróis do ano, o volume 3 foi o único da Marvel a concluir uma história de personagens que começou bem e deixou uma marca perfeita na fase ruim que as duas produtoras tiveram ao longo do ano com lançamentos como The Flash e Homem-Formiga: Quantumania.

13. Resgate 2

Já no campo dos filmes de ação, a aguardada sequência do filme de Chris Hemsworth para a Netflix, Resgate 2, foi outra grande aparição do mês. Dirigido por Sam Hargrave, acompanhamos Tyler Rake se envolver em mais uma missão de risco, dessa vez enfrentando a máfia da Georgia para resgatar uma mãe e seus filhos.

Além de trazer um fundo maior para a história de Rake, o segundo filme trouxe ainda mais sequências de ação que conseguem tirar o fôlego de qualquer um. Um exemplo disso são os 21 minutos dedicados a uma cena na prisão com muita pancadaria que não para um segundo sequer.

O filme foi bem-sucedido dentro do roteiro e enredo, apesar de cair um pouco para o clichê no final, e certamente terá continuação onde entenderemos melhor o interesse do personagem de Idris Elba em Rake.

12. Barbie

Daqui por diante, não tem como não pensar em Barbie de Greta Gerwig e não pensar em um dos filmes mais bem-sucedidos da história do cinema. Atingindo a marca de 1 bilhão nas bilheterias, o longa trouxe diversas pessoas para o cinema para que conferissem o fenômeno Barbenheimer, onde as pessoas oscilaram entre seções de Barbie e Oppenheimer, filme de Christopher Nolan sobre o “pai da bomba atômica”.

Na produção jamais vista, Barbie (Margot Robbie) é uma boneca genérica dentre tantas as outras que passa a ter pensamentos incomuns e hábitos estranhos para quem vive em um mundo perfeito. Ao descobrir que está conectada a uma humana, ela parte ao lado de Ken (Ryan Gosling) para consertar a bagunça que sua vida perfeita se tornou.

Cheio de comédia e crítica social, a mensagem do filme carrega uma das partes mais importantes sobre papel de gênero e feminismo na atualidade, além de um roteiro invejável cheio de referências do cinema e da música.

11. Nimona

A animação rejeitada pela Disney, Nimona, é outra grande adição para essa lista de filmes favoritos do ano que mostra o fracasso da Disney em se apoiar em produções arriscadas para o seu público-alvo com uma divertida história cheia de magia, traição e tecnologia.

No filme, um reino futurístico é ameaçado quando sua Rainha é morta e o nobre cavaleiro Ballister Boldheart precisa provar sua inocência. Ele conta com a ajuda de Nimona, uma garota capaz de se transformar em dragão que fará de tudo para que eles consigam limpar seu nome e descobrir os verdadeiros responsáveis pelo seu exílio.

Além de divertido em termos dimensionais de personagens, a representatividade LGBTQIAP+ se torna importante, além de ter uma direção artística agradável que foge dos padrões da Walt Disney.

10. Que Horas Eu Te Pego?

Retornada após anos nas telas, Jennifer Lawrence retorna na comédia adulta Que Horas Eu Te Pego? dirigida pelo ucraniano Gene Stupnitsky. Na trama, uma jovem uber precisa conseguir dinheiro para comprar um novo carro e acata o pedido de pais preocupados com o futuro de seu filho de dezoito anos, que não quer sair de casa.

A comédia romântica pode parecer um clichê comum, mas esconde várias camadas, como a própria Maddie de Lawrence, que se revolta contra os habitantes que começaram a “despejar” os antigos moradores de sua cidade natal. Além disso, boa parte do que poderia ser só um filme besteirol conclui em uma história sobre amadurecimento com direito a muito drama e cenas hilárias.

9. Vermelho, Branco e Sangue Azul

Outra comédia romântica favoritada pelo Pixel Nerd nesta lista é Vermelho, Branco e Sangue Azul, adaptação do livro de Casey McQuinston estrelada por Taylor Zakhar Perez, Nicholas Galitzine e dirigida por Matthew López, que surpreendentemente foi um sucesso no catálogo da Prime Video.

Na história, o princípe Henry e o filho da presidenta dos Estados Unidos, Alex, sempre se odiaram. Durante uma noite desastrosa em um evento importante, os dois acabam tendo que fingir serem amigos e acabam se apaixonando ardentemente. O que logo era para ser um enemies to lovers rapidamente se transforma em uma missão importante sobre aceitação e direitos.

O filme foi um sucesso tão grande que liberou cenas extras do corte final e hoje muitos fãs pedem por uma continuação da obra de McQuinston, devido ao seu grande sucesso.

8. Fale Comigo

Se a Morte do Demônio já foi assustador o suficiente, Fale Comigo então foi uma adição surpreendente. Uma produção dos irmãos youtubers Danny e Michael Phillippou logo se tornou um dos terrores da produtora de filmes A24 mais amplamente elogiados.

Na trama, enquanto uma brincadeira com uma mão embalsamada viraliza, Mia (Sophie Wilde) é uma jovem que luta contra o trauma de ter perdido a mãe e que encontra apoio na família de sua melhor amiga, Jade. Assim que tem uma experiência avassaladora com uma mão capaz de invocar fantasmas, ela coloca a todos dentro de um jogo perigoso quando fica viciada na brincadeira e passa a ser controlada pelos espirítos do outro lado.

Não somente o terror, mas os efeitos visuais apostam em uma pegada mais aterrorizante e bizarra, com direitos a cenas cada vez mais chocantes. O filme também sorrateiramente fala sobre a dependência do uso de drogas em um âmbito juvenil.

7. Oppenheimer

Sendo o segundo filme do ano, Oppenheimer traz a história de J. Robert Oppenheimer, um físico que passa a trabalhar com uma equipe de cientistas para criar a bomba atômica. São três horas de duração, com direito a uma direção exemplar de Nolan e uma adaptação efeverescente que nos transporta para o mundo pós e ante bomba em poucos segundos.

Apesar de ser um longa biográfico, poucos são os elementos que o tornam de fato um drama histórico já que boa parte dos seus dilemas lidam com a humanidade, a moralidade e os sentimentos de culpa e indisposição na criação de uma das armas mais perigosas feitas pelo homem.

6. Jogos Mortais X

Com uma franquia amplamente conhecida por serrar corpos, o décimo filme da franquia retorna as origens de Jigsaw, vivido por Tobin Bell dos filmes anteriores. Após ser enganado na busca por uma cura para o seu câncer, John Kramer confia em um projeto exclusivo que promete salvar sua vida.

No entanto, após descobrir que tudo não passava de uma farsa, o vilão decide caçar cada um dos responsáveis e fazê-los pagar pelo que fizeram. Ele contrata sua aliada de longa data Amanda Young e ambos começam um dos jogos mortais mais sanguinários de toda a franquia.

5. A Milhões de Quilômetros

Depois, é hora de apontar a qualidade do filme estrelado pelo ator conhecido por comédia, Michael Peña em A Milhões de Quilômetros. Baseado em história real, o longa acompanha Jose Hernandez, o primeiro trabalhador rural e imigrante mexicano a viajar para o espaço. Sempre sonhando em encontrar uma chance de ir para o espaço, Jose passa por diversas dificuldades onde precisa provar que é realmente merecedor de uma chance.

4. Assassinos da Lua das Flores

Outro filme com requintes de biografia é Assassinos da Lua das Flores, longa estrelado por Leonardo DiCaprio e Robert De Niro e baseado na obra de David Grann. Na história, a tribo Osage passa a ser vítima de uma série de mortes misteriosas após sua terra descobrir o petróleo.

No meio desse cerne, o ex-soldado Ernest Bukhart se envolve com Mollie, uma das maiores representantes dos Osages e passa a ser ludibriado pelo seu tio, William Hale a acobertar e cometer uma série de crimes que destrói o legado indígenas pouco a pouco em uma jornada de dor e traição.

É tido como um filme de mistério, mas com um toque de realismo profundo que crava as portas da quarta parede falando sobre ganância, poder e preconceito em uma mistureba bastante poderosa. Além das atuações, o filme rendeu diversas indicações e promete ser um dos mais premiados das próximas cerimônias.

3. Nosso Sonho

Já para o cenário nacional, um filme que agradou bastante foi Nosso Sonho, longa que adapta a história da dupla Claudinho e Buchecha, os responsáveis por popularizarem o gênero funk melodia ao longo dos anos. Estrelado por Lucas Penteado e Juan Paiva, o filme é uma produção de Eduardo Albergaria.

Com um maior foco em Buchecha, o longa traz uma história que une drama e música em uma história sobre fama, sucesso e tristeza. Na narrativa, Claucirlei reencontra o amigo depois de tantos anos e juntos eles descobrem a paixão sobre a música e a cultura funk, culminando para uma jornada de sucesso inesquecível.

Foi um dos filmes mais emocionantes para nós do Pixel Nerd por trazer realismo e história em um combo cheio de amor e emoção.

2. Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes

Com quatro filmes já bem-sucedidos, Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes é a prequela da saga de filmes inspirada nos livros de Suzanne Collins. Na direção, Francis Lawrence retorna na direção depois de ter dirigido três dos quatro filmes principais. Já o elenco é composto por Rachel Zegler, Tom Blyth, Hunter Schafer, Peter Dinklage e a EGOT Viola Davis.

Nesse mais novo capítulo da saga, um jovem falido e sedento por poder Coriolanus Snow, o vilão da saga principal, tenta conseguir uma chance de salvar a sua família da pobreza se tornando um dos Monitores dos tributos da próxima edição dos Jogos Vorazes. É onde ele conhece Lucy Gray, uma jovem destemida e cheia de talento que rouba seu coração e faz com que Snow entre em conflito sobre a importância de ganhar ou arriscar tudo por amor.

Com uma narrativa gigante e cenas e efeitos cada vez mais bem produzidos, o longa honra o histórico de Jogos Vorazes nos cinemas e faz uma bela adaptação de Collins, que proporciona um universo fantástico dos distritos. Por carregar um discurso tão grande que reflete não só a obra, mas a sociedade em que vivemos com referências absurdar e realistas, o filme ganha o segundo lugar no top.

1. Pânico 6

Por último, mas não menos importante, o legado de Wes Craven continua vivo e respirando com a estreia do bem-sucedido Pânico VI. O longa dirigido pela dupla do ótimo quinto filme, Tyler GillettMatt Bettinelli-Olpin é o nosso favorito do ano por ainda se manter como uma das maiores jóias raras do gênero slasher e surfar na onda da metalinguagem de uma maneira que nunca perde a graça.

Nesse mais novo título, retornamos a história das irmãs Carpenter, que fugiram para Nova Yokr em busca de sossego após os eventos catastróficos em Woodsboro. Porém, não demora até que um novo assassino passe a perseguí-las na cidade, machucando entes queridos e fazendo novas vítimas onde passa em um jogo de gato-e-rato usando a icônica fantasia do Ghostface.

O longa faz jus a muito fan-service, além de ser um eco bem mais poderoso do segundo filme da saga, mesmo sem a presença de Neve Campbell, o rosto da franquia.

E aí, gostou da nossa lista de melhores filmes do ano? Quais foram os seus favoritos de 2023? Deixe nos comentários abaixo!

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